Como fortalecer a luta da classe trabalhadora diante do individualismo exacerbado no capitalismo? Qual a importância da energia para o desenvolvimento social e econômico? Essas e outras questões foram debatidas por dirigentes sindicais de várias partes do mundo e do Brasil, como o STIU-DF, e movimentos sociais como o MAB, no curso de formação “Energia e Sociedade no Capitalismo Moderno” promovido pela Universidade Federal do RJ.

Durante dois anos, representantes do Brasil, Guatemala, Colômbia, Honduras, Peru, El Salvador, Espanha, México e Argentina discutiram alternativas de modelo energético que atendam as necessidades econômicas e sociais das populações das cidades e do campo, bem como os interesses dos trabalhadores do setor elétrico.

O STIU-DF apresentou a realidade vivida nas empresas estatais de geração, transmissão e distribuição de energia no Brasil e na capital federal. Salários incompatíveis com a atividade laboral, mutilações e acidentes fatais foram alguns aspectos em comum presenciados pelos trabalhadores e trabalhadoras do setor em quase todos os países.

A terceirização do serviço no setor elétrico também foi outro ponto bastante discutido ao longo do curso, uma vez que as mortes entre os trabalhadores terceirizados representam mais de 80% dos casos. Segundo o diretor do STIU-DF, Victor Frota, após as privatizações na década de 90 as empresas reduziram bastante o quadro de funcionários e a precarização do trabalho aumentou.

“As empresas têm feito cada vez mais pressão sobre os trabalhadores em busca da produtividade máxima, reduzindo a preocupação com a segurança do trabalho, por parte dos patrões, e diminuindo a autonomia da CIPA”, Alerta Victor.

O curso, que começou em fevereiro de 2013 e está na última etapa num total de quatro, termina no próximo dia 7. Pelo STIU-DF participam os diretores Clayton Moreira, Fabiola Antezzana, Givaldo Romão, José Edmilson, Victor Frota e Sidney Lucena. No próximo dia 5, os dirigentes apresentarão os Trabalhos de Conclusão de Curso.