O contrato firmado entre a Novacap e o Consórcio Brasmetrô para implantar o sistema metroviário do Distrito Federal foi alvo de fiscalização do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Há suspeita de superfaturamento de quase R$ 100 milhões nas obras e serviços de manutenção do Metrô-DF.

O tribunal encontrou indícios de gastos abusivos nas obras do trecho Taguatinga-Ceilândia, com superfaturamento de R$ 11,7 milhões a mais, e nas estações 102 sul, 112 sul e Guará, de R$ 14,2 milhões. A maior parte dos gastos acima do previsto está nos serviços de manutenção e apoio ao sistema metroviário, que somam R$ 85,4 milhões.

O Consórcio Brasmetrô recebeu quase R$ 5 bilhões pelo contrato. Já utilizou R$ 4.768 bilhões. Mas, das 29 estações previstas no projeto original, ainda faltam quatro para serem entregues: PP2 (EQS 104/105), PP3 (EQS 106/107), PP5 (EQS 110/111) e Onoyama (Taguatinga).

Uma nova auditoria será feita para avaliar a atual situação da implantação do sistema metroviário do DF, os custos do contrato e a regularidade das contratações.

De acordo com a assessoria de imprensa do TCDF, uma tomada de contas será feita para determinar os responsáveis pelo prejuízo. No relatório disponibilizado no site do órgão, consta que o ex-diretor de Operação e Manutenção do Metrô Antônio Manoel Soares, antes suspeito, não está mais listado entre os responsáveis pelas irregularidades descobertas.

A assessoria do Metrô informa que ainda não recebeu o documento do Tribunal de Contas e que vai se pronunciar apenas quando analisar o relatório.

(Correio Braziliense)