No dia 7 de agosto de 2025, o STIU-DF finalizou a venda das salas localizadas no edifício Arnaldo Villares, antiga sede da entidade. A decisão foi aprovada em 26 de agosto de 2024, em assembleia realizada com ampla participação da categoria, assegurando a legitimidade e a transparência do processo.

A medida foi necessária diante da queda significativa da receita do sindicato, consequência direta das privatizações das empresas do setor elétrico nos últimos anos, especialmente a da Companhia Energética de Brasília (CEB), hoje Neoenergia, e do grupo Eletrobras. Essas operações, que representaram a entrega do patrimônio público ao setor privado, impactaram a estrutura do STIU-DF, como também atingiram diretamente os direitos e as condições de trabalho da categoria eletricitária.

Além disso, a venda também se justificou pelo alto custo das demandas internas da antiga sede, como o valor do condomínio das salas, taxas extras e o IPTU, despesas que vinham comprometendo de forma significativa o orçamento da entidade.

Para a direção do sindicato, esse desmonte está inserido em um contexto mais amplo de destruição do patrimônio público e enfraquecimento do movimento sindical no Brasil. É uma estratégia deliberada de setores que se beneficiam com a descentralização e a perda de organização da classe trabalhadora, em especial o setor patronal.

Nesse cenário, o STIU-DF reafirma seu compromisso com a luta coletiva e com a defesa do papel histórico dos sindicatos como instrumentos de organização, resistência e conquista de direitos. A entidade destaca que é fundamental fortalecer as estruturas sindicais e manter a mobilização para frear novos ataques e retrocessos.

Com a venda da antiga sede, o STIU-DF passou a funcionar no Edifício Carioca, localizado no Setor Comercial Sul, sala 709, 7º andar. O sindicato convida todos os trabalhadores e trabalhadoras de sua base a conhecerem o novo espaço e a seguirem fortalecendo a luta por direitos e por um setor elétrico público e de qualidade.