Dirigentes sindicais de vários estados do País definiram o conjunto de propostas que vão nortear a atuação dos sindicatos contra a privatização do setor elétrico que está colocada pelo governo ilegítimo de Temer. As sugestões foram apresentadas nos dois dias de Seminário “Privatizar não é a solução”, que aconteceu em Brasília nos dias 19 e 20 de julho.

O processo de privatização está na fase de consulta pública denominada “Princípios para reorganização do setor elétrico”, que está sendo feita pelo Ministério de Minas e Energia.

A atuação das entidades sindicais contra a privatização será em três eixos. Primeiro, organizar todas as propostas oferecidas pelos participantes no Seminário e apresenta-las como contribuições até o dia 02 de agosto, quando termina o prazo da consulta pública.

Num outro eixo de atuação será definida a estratégia das entidades sindicais para dialogar com a população sobre os efeitos nocivos da privatização (Saiba porque o sociedade precisa se engajar nessa luta). Também será definido um plano de luta em defesa do setor elétrico contra a privatização, que será uma tragédia se acontecer.

A diretora do STIU-DF, Fabiola Antezana, avaliou o Seminário como extremamente positivo, uma vez que foram definidas a diretrizes para que a categoria eletricitária tenha um norte de atuação para lutar contra esse processo de privatização em vários flancos.

“A participação dos trabalhadores, dirigentes sindicais, dos técnicos, membros da academia e das assessorias parlamentares no Seminário possibilitou a ampliação do foco dos debates sobre esse processo de privatização que está colocado no setor elétrico. Precisamos ter em mente que estamos disputando um projeto de nação que não é só do setor elétrico, mas de toda a classe trabalhadora e também da população”, destaca.

“A população também precisa entender que, a privatização do setor elétrico vai ser muito ruim para a sociedade. Basta a gente ver como são os serviços prestados nos estados onde as empresas de energia foram privatizadas. Além do atendimento ser muito limitado e precário, os valores pagos na conta de luz são altíssimos”, alerta. Saiba mais

Segundo Fabiola, a privatização do setor elétrico também coloca em risco os nossos recursos naturais. “Essa proposta de privatização também é extremamente prejudicial à soberania nacional, uma vez que os nossos recursos hídricos serão disponibilizados a setores empresariais”, acrescenta.