Na quarta-feira (7) os dirigentes sindicais do STIU-DF se reuniram com representantes da CEB para a segunda rodada de negociação do acordo coletivo da categoria eletricitária.

A pauta de reivindicações contém 65 cláusulas e foram divididas em quatro blocos: cláusulas sociais/relações de trabalho; relações sindicais; econômicas e novas. Na reunião foram discutidos os dois primeiros blocos.

Das cláusulas que abordam as relações sindicais, apenas a 54º que trata da data-base e vigência ficou pendente, será discutida a proposta de negociação das cláusulas sociais/relações sindicais por dois anos e as econômicas por um ano. A comissão de negociação ficou de avaliar e apresentar na próxima rodada. As demais cláusulas (17º; 35º; 36º; 37º; 38º; 39º; 40º; 41º; 42º e 47º) deste bloco foram mantidas.

Para as cláusulas sociais/relações de trabalho a maior parte foi mantida conforme ACT vigente (são elas: 13º, 14º, 15º, 21º, 22º, 24º, 28º, 30º, 31º, 32º, 33º, 34º, 43º, 44º, 48º e 51º). Com base na proposta do STIU-DF, a cláusula que trata da política de recursos humanos propõe a destinação da verba de 3% da média da folha de pagamento para aplicação da antiguidade/mérito. Portanto, a CEB propôs o pagamento do benefício condicionado à existência de lucro operacional e qualidade, mantendo a verba de 1%. O STIU-DF rechaçou a proposta.

As cláusulas econômicas e novas serão discutidas a partir da próxima rodada de negociação agendada para o dia 15 de outubro.

Na ocasião, a Comissão de negociação da CEB explicou que a empresa está realizando um processo de recuperação de receita, e que para isso foi necessária a contratação de uma prestadora de serviço. Disse que de 2008 a 2014 houve grande perda de receita devido a fraudes, medidores com defeitos e inadimplência. Foi pontuado que com a fiscalização será possível a recuperação de 35 milhões.

O STIU-DF defende o fortalecimento e equilíbrio econômico-financeiro da CEB, mas deixa claro que não aceitará retrocessos e retirada de direitos. Destacamos que está será uma campanha difícil, uma vez que o discurso da falta de receita é colocado a todo o momento pela empresa.

Assim, é importante destacar que a união e mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras da CEB nesse processo são fundamentais para sairmos vitoriosos desta campanha salarial.


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