Levantamento da IBM aponta que desconhecimento sobre redes inteligentes não impede vontade de consumidores em obter mais detalhes sobre o consumo

Pesquisa da IBM realizada este ano revela que 67% dos consumidores do Brasil nunca ouviu falar no termo “rede inteligente”, mas mesmo assim 76% deles gostaria de saber mais sobre o seu consumo. O estudo, que contemplou mais de 10 mil pessoas em 15 países, avaliou os desejos e necessidades dos consumidores e apontou para um fato preocupante: o desconhecimento dos cidadãos em relação às práticas para redução do consumo energético e às iniciativas de uso inteligente da energia. Dois pontos são levados em consideração entre os fatores dominantes para as escolhas e mudanças comportamentais no consumo: as questões ambientais e as econômicas. Os entrevistados também não entendem a unidade básica de precificação da eletricidade e também desconhece outros conceitos usados pelos distribuidores de energia.

Segundo a pesquisa, mais de 60% do total de entrevistados desconhecem o significado de redes e medidores inteligentes. Da mesma forma, mais da metade das pessoas ouvidas não sabe se o seu fornecedor de energia tem um programa de sustentabilidade disponível, e quase um quarto dos consumidores que participa de programas de energia verde não tem ideia se paga a mais por esta energia ou qual o valor cobrado por ela. A pesquisa revelou que 64% estão dispostos a mudar seus padrões e costumes com relação ao consumo de energia, pois acreditam que essas mudanças poderão trazer benefícios para suas famílias.

O estudo constatou que atualmente o dinheiro não é mais fator dominante no processo de tomada de decisão, em comparação com anos anteriores. Os consumidores mais jovens avaliam seu comportamento com base no meio ambiente, enquanto que aqueles com mais de 55 anos apontaram questões relacionadas à economia nacional como principal motivador para a mudança de atitude em relação ao consumo de energia. Ao examinar o consumo de energia com base na economia comportamental, as empresas de utilidades públicas podem ter uma melhor percepção sobre os consumidores, suas motivações, dúvidas e aquilo que pode os levar a mudanças.

Segundo Newton Tanaka, diretor de energia e utilities da IBM, a empresa tem acompanhado grandes avanços em novas tecnologias em redes inteligentes que economizam energia, além de novos programas e incentivos, mas ainda existe um grande desconhecimento por parte dos consumidores. Para Tanaka, a pesquisa mostra que existe uma necessidade e uma oportunidade para levar informação ao público sobre o consumo inteligente de energia.

(Agência CanalEnergia)