RETROSPECTIVA 2024
A luta coletiva é o caminho
O Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal (STIU-DF) celebrou em 2024 quatro décadas de uma trajetória marcada pela luta, resistência e a defesa dos eletricitários e eletricitárias. Fundado em um período de grandes desafios para os trabalhadores, o Sindicato consolidou-se como um importante instrumento de defesa dos direitos sociais e trabalhistas dos urbanitários, atuando como protagonista na luta contra as privatizações e, mais recente, pela reestatização das empresas do setor elétrico, a exemplo da Eletrobras e suas subsidiárias.
Vale evidenciar que os últimos anos trouxeram mudanças profundas para o setor elétrico no DF e nacional, sobretudo, com a intensificação do processo de privatização. A crescente transferência de empresas estratégicas para a iniciativa privada tem imposto um cenário preocupante, tanto para os trabalhadores quanto para a população. Os impactos abarcam a perda de empregos, a precarização dos serviços, o aumento das tarifas de energia e a intensa fragilização da soberania e da segurança energética do país.
Soma-se a isso, os novos desafios trazidos pelos enfrentamentos com as empresas privadas nas campanhas salariais, impondo ainda mais à entidade a capacidade de organizar a categoria para preservar direitos e avançar nas conquistas, atuando também para minimizar os prejuízos da lógica agressiva da gestão privada, focada unicamente na obtenção de lucro. Nessa perspectiva, destacam-se as campanhas salariais na Neoenergia Brasília, Eletrobrás, ENBPar e TELLUS, as duas últimas resultantes da ampliação da base de representação do STIU-DF, reforçando a sua missão de defesa contínua dos interesses da classe trabalhadora.
Em 2024, o Sindicato alcançou também um marco histórico ao implementar a política de paridade de gênero em sua gestão. Das 36 vagas na direção, 11 passaram a ser ocupadas por mulheres, fortalecendo a representatividade feminina e consolidando o compromisso da entidade com a equidade de gênero. Esse avanço reflete uma transformação interna e também no movimento sindical como um todo, ao abrir mais espaço para que as mulheres assumam papeis de liderança em um setor tradicionalmente masculino.
O setor elétrico, o movimento sindical e toda a dinâmica que envolve a classe trabalhadora estão em constante transformação. No entanto, as bandeiras de luta da entidade seguem firmes, exigindo não apenas a atuação da entidade, mas o engajamento ativo dos trabalhadores e trabalhadoras no fortalecimento e unidade da categoria. Afinal, um sindicato somente se torna forte quando encontra respaldo em sua base, quando os trabalhadores entendem que a luta coletiva é o caminho para assegurar direitos e avanços.
Ao olhar para os próximos anos, o STIU-DF projeta um futuro de resistência, conquistas e ampliação de sua atuação. A defesa do setor elétrico como patrimônio nacional e estratégico, a resistência contra retirada de conquistas e luta por mais e melhores direitos nos ACTs, a promoção da igualdade de gênero, o fortalecimento da juventude e a luta pela democracia continuarão a ser prioridades. Que os próximos 40 anos sejam de renovação, união e vitórias, não apenas para os eletricitários e eletricitárias do DF, mas para toda a classe trabalhadora!
Boa leitura!