As trabalhadoras e trabalhadores de Furnas em Brasília, Serra da Mesa e Gurupi aprovaram, por unanimidade, nesta sexta-feira (28), a suspensão da greve por tempo indeterminado que estava prevista para começar na próxima segunda, primeiro de julho.

A decisão da categoria em suspender a paralisação veio após audiência realizada na quarta-feira (26), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), quando a Eletrobras se viu na condição de prorrogar o ACT por mais 30 dias. As negociações na Data-Base continuam, mas agora com mediação do Tribunal.

Na assembleia que ocorreu na terça-feira (25) passada em Furnas, a categoria já havia sido informada de que a decisão poderia ser revista. Isso porque, no caso da greve, o TST não teria mais competência para fazer a mediação.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) solicitou a mediação do TST devido à intransigência da direção da Eletrobras em prorrogar o ACT e continuar dialogando e negociando com os trabalhadores.

Os trabalhadores de outras subsidiárias da Eletrobras também já aprovaram a suspensão da greve, como a Eletronorte, Chesf, Eletrosul, Amazonas G&T, CGTEE, entre outras.

Estabilidade no emprego

A empresa também vem sistematicamente sinalizando em retirar cláusulas do Acordo Coletivo para demitir em massa.

Estão em jogo as cláusulas que garantem a estabilidade no emprego, como a 6ª (Inovações tecnológicas), 7ª (Quadro de Pessoal) e 8ª (Normas e Regulamentos de Recursos Humanos).

Reajuste ínfimo

A primeira proposta de reajuste salarial foi de 0%. Depois passou para 1% e agora, com a sexta rodada de negociação, a direção da Eletrobras passou para 1,5%, o que ainda é muito insuficiente. Isso porque só a inflação medida no período pelo índice ICV-Dieese foi de 4,47%.