As trabalhadoras e trabalhadores de Furnas em Brasília, Serra da Mesa e Gurupi se reuniram em assembleias realizadas nesta terça-feira (25) para avaliar a contraproposta apresentada pela Eletrobras para o ACT 2019.

Diante da incapacidade de negociação e intransigência por parte da empresa, a categoria rejeitou por unanimidade a contraproposta apresentada pela direção da Eletrobras e também aprovou indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia primeiro de julho.

A nova contraproposta foi apresentada durante a sexta rodada de negociação, que ocorreu no dia 18 passado. A empresa propõe reajuste salarial de 1,5%, estendido às cláusulas econômicas, sendo que a inflação medida no período pelo índice ICV-Dieese foi de 4,47%. A proposta anterior era de reajuste de 1% e a primeira, de 0%.

Estabilidade de emprego

A direção da empresa insiste na retirada do ACT das cláusulas 6ª (Inovações tecnológicas), 7ª (Quadro de Pessoal) e 8ª (Normas e Regulamentos de Recursos Humanos).

O objetivo é claro, reduzir ainda mais o quadro de funcionários, com demissões em massa, uma vez que o Programa de Demissão Consensual (PDC) da empresa tem sido um fracasso.

“Os trabalhadores se conscientizaram e entenderam a importância de se mobilizar a partir do dia primeiro, uma vez que estaremos sem Acordo Coletivo. Por isso não tivemos outra alternativa a não ser decidir pela greve”, aponta do dirigente sindical do STIU-DF, David Oliveira.

David também explica que a decisão da categoria pela greve pode ser revista em outras assembleias até o dia primeiro, caso o Tribunal Superior do Trabalho (TST) consiga conciliar nova prorrogação do ACT, enquanto as negociações continuarem.