O plano de saúde dos trabalhadores da CEB, uma das principais conquistas da categoria, está em risco. Desde janeiro, diversas clínicas e profissionais médicos vêm suspendendo sistematicamente os atendimentos devido à inadimplência da empresa, que não tem repassado à Faceb os recursos necessários ao pagamento dos serviços. Desta forma, o benefício garantido no ACT está virando “letra morta”, uma vez que, por falta de médicos, não pode ser gozado pelos trabalhadores e seus dependentes.
O Sindicato vem tratando essa questão desde fevereiro com o diretor de Gestão da CEB, o qual sempre frisou o caráter temporário da situação. Na última reunião, realizada há menos de quinze dias, o dirigente chegou a admitir que o desequilíbrio no caixa deveu-se à expectativa de pagamento, pela CEB Holding, da primeira parcela da dívida que esta mantém com a Distribuidora. Ou seja, fez o tradicional jogo do “empurra-empurra”, sem apresentar data para a solução do problema.
A paciência da categoria chegou ao limite:ou a CEB normaliza o plano de saúde ou vamos para a greve!
Resolução de diretoria afronta o ACT
Como se não bastasse o desdém com o plano de saúde, a diretoria da CEB resolveu atropelar o ACT e o Sindicato ao estabelecer, por meio de resolução baixada em 10/03/2009, novas condições de trabalho sem negociação coletiva e sem aprovação da categoria. Pela Resolução de Diretoria n.º 53/2009, “os eletricistas das áreas operacionais não poderão gozar abono-assiduidade e dias do ano no período de 1.º de novembro a 1.º de março”.
A cláusula 30.ª do ACT vigente garante aos empregados admitidos até 31/05/2005 os 4 quatro dias por ano, a serem gozados até 31 de dezembro, mediante anuência da gerência imediata. Essa condição só pode ser alterada por termo aditivo, jamais por decisão unilateral da diretoria da empresa.
A medida, além tornar ainda mais visível a decisão da empresa de protelar a realização de concurso público, já que visa unicamente a redução de gastos com horas-extras, evidenciou o mais completo desrespeito à categoria e à sua entidade.
Os trabalhadores da CEB exigem respeito! Pela imediata revogação da RD 053/2009!
Concurso público já!
Os trabalhadores e trabalhadoras da CEB não aguentam mais o desgaste decorrente das múltiplas atividades e funções, a terceirização desenfreada e a carga excessiva de trabalho. Quando será cumprida a promessa feita pelo governador Arruda em 2007, de realizar concurso público na empresa?
Chega de enrolação! Pela imediata apresentação do cronograma, com início do processo seletivo em até 90 dias.
CEB 04/2009 (versão em PDF)