Entidades vão à luta em todas as instâncias para impedir esse crime de lesa-pátria.

O governo golpista de Temer parece não ter limites. Na ânsia de se salvar com a liberação de vários bilhões em emendas parlamentares e verbas de publicidade para a mídia, restou para a população pagar a conta bilionária de aproximadamente R$ 160 bilhões. Esse enorme rombo nas contas públicas está promovendo o maior ataque ao estado brasileiro desde a fundação da República.

A venda das empresas estatais estratégicas para o País é um crime de lesa-pátria. A Eletrobras, cujo parque gerador tem valor estimado em R$ 370 bilhões, caso fosse construído hoje, gerando mais de 48,6 mil megawatts, é só mais um exemplo de outro golpe nefasto aos interesses da soberania nacional, da população e da classe trabalhadora.

Segundo tem sido divulgado pela grande imprensa, o valor de venda para o mercado anunciado é algo em torno R$ 20 a R$ 30 bilhões. Ou seja, esse governo ilegítimo quer vender a preço de banana a maior empresa de energia da América Latina.

Os nomes escolhidos para cometer esse crime de lesa-pátria foram a dedos, começando pelo presidente Holding, Wilson Pinto, pessoa conhecida no mercado por ter promovido a privatização da CPFL, em São Paulo. Dono de um salário vultoso, mais de R$ 90 mil por mês, é amigo dos empresários chineses do Grupo State Grid. Falastrão por excelência gosta de atacar os trabalhadores, acusando-os de vagabundos. Mas em menos de um ano de trabalho já tirou férias duas vezes, viajando sempre de primeira classe para o exterior. Sua função, desde que foi nomeado, estava clara: preparar o terreno para a venda do Sistema Eletrobras. Isso explica sua sanha privatista, cujas pretensões seriam voltar a receber R$ 190 mil por mês, salário há época da CPFL.

A matéria publicada na revista Época apontou que somente os conselheiros e dirigentes da Eletrobras receberam em 2016 a remuneração anual de R$ 8,9 milhões. Vejam só… E ele diz que são os trabalhadores que recebem muito?

Outro vendilhão do patrimônio público veio de Pernambuco, terra de grandes brasileiros. Mas no que tange a este político chamado Fernando Coelho Filho, ministro de Minas e Energia, revelou-se um grande traidor do Povo do Nordeste, ao trabalhar para vender também a Chesf, maior empresa da região e um símbolo de desenvolvimento para os nordestinos. Segundo informações que circulam na imprensa, o ministro teria vazado para empresários canadenses a informação da venda de um pedaço da Amazônia, no intuito de beneficiar estes investidores. Fato que demonstra sua forma de ação.

Esse processo de venda da Eletrobras é um dos maiores escândalos da vida brasileira. É um ato altamente lesivo ao País, que será financiado com recursos públicos, como aconteceu durante a privataria tucana nos anos 90. O Povo brasileiro terá que pagar uma conta bem alta para que o capital transnacional e seus investidores se beneficiem com a energia que é gerada com os nossos recursos naturais.

A FNU, o CNE, a CNU, os sindicatos e demais entidades que representam os trabalhadores do Sistema Eletrobras irão até as últimas consequências contra a privatização do Sistema Eletrobras. Seja juridicamente ou nas ações políticas, que também são fundamentais. Porém, o ato mais importante para vencer esta guerra será a capacidade de mobilização dos seus trabalhadores (as), que precisam ter o completo entendimento do que está em jogo neste processo de privatização proposto por este governo ilegítimo.

A existência de cada posto de trabalho está em perigo, assim como do seu fundo de pensão, que foi construído por décadas para oferecer uma aposentadoria mais adequada aos seus participantes. Enfim, é o futuro de todos nós que está em jogo. Portanto, vamos à luta, em defesa de uma Eletrobras estatal, que pertença a todos os brasileiros.


CALENDÁRIO CNE

Dia 30/08/2017 – quarta-feira

Horário – 14h00

Reunião de preparação para audiência

Local: STIU-DF – SCS QD 06 – Edifício Arnaldo

Villares, 7º andar

Dia 31/08/2017 – quinta-feira

Audiência sobre a Reorganização do Setor Elé-

trico na Câmara dos Deputados Comissão de

Meio Ambiente e Comissão de Integração Nacional.