Um grave acidente ocorreu na Sub-estação da Eletronorte, em Miranda do Norte – Maranhão, no último dia 25 de julho, atingindo dois trabalhadores, sendo um eletricista da empresa ENID e um engenheiro da WEG.

O acidente, que ainda está sendo apurado, deu-se em um cubículo de 13,8 kV no Serviço Auxiliar da SE Miranda. Os dois trabalhadores vitimados desempenhavam atividades para  a e m p r e s a Ôm e g a E n e r g i a , a c e s s a n te d a Eletronorte.

A empresa Ômega Energia é responsável por escoar a energia proveniente de fontes eólicas instaladas no complexo eólico do Maranhão que compõem o complexo Delta III, de 220 MW, no município de Paulino Neves.

Toda tragédia traz uma lição e, nesse caso, a lição é: a concessão do Adicional de Periculosidade não é um ato gracioso e benevolente do empregador, mas, um direito do trabalhador ou trabalhadora que se expõe a risco, devido à complexidade e o perigo que envolve sua atividade.

Outra lição é que acidentes dessa natureza deixam mais clara a necessidade de discussão sobre as medidas que estavam sendo tomadas pela empresa no sentido de rever a concessão do Adicional de Periculosidade como mera medida de diminuição de custos. Como se vê, a vida não tem preço e não pode ser medida como cifra a ser considerada nos balanços da empresa.

Por outro lado, as implicações dessa caso deverão ser intensas, dada a gravidade do acidente. Acidentes dessa natureza tendem a render batalhas judiciais que resultam em indenizações milionárias para o acidentado ou para sua família. E independentemente dos trabalhadores serem ou não sindicalizados aos sindicatos componentes do Sindinorte, nossas entidades ?carão sempre atentas no sentido de garantir que o trabalhador acidentado não seja culpabilizado e que o processo de investigação se dê de forma isenta. Por  enquanto, vamos aguardar as apurações sem fazermos nenhum juízo de valor antecipado.

Por ?m, o Sindinorte deseja aos trabalhadores vitimados no acidente a mais rápida recuperação e que o acidente não deixe sequelas graves. A vida e a saúde não tem preço!

Em defesa das empresas estatais: Privatizar não é a solução!

Em continuidade ao processo de luta contra a privatização dos ativos do setor elétrico, o CNE provocou uma reunião das Frentes Parlamentares em Defesa do Setor Elétrico Estatal, Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional e Frente em Defesa da CEMIG. Na reunião, realizada no último dia 08 de agosto, foram apresentadas as iniciativas já tomadas para ampliar a discussão sobre o marco regulatório, houveram solicitações de realização de audiências publicas em diversas comissões parlamentares, estão sendo solicitadas reuniões junto ao MME e foi protocolada pela Frente, solicitação de prorrogação de prazo nas consultas públicas em andamento.

No próximo dia 29, haverá o lançamento da Rede Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional, ocasião na qual haverá o lançamento da campanha “Energia Não É Mercadoria”, no âmbito da Câmara dos Deputados.

As ações do governo contra as empresas estatais vêm em todas as frentes. Não se dá apenas contra o setor elétrico, é um ataque ao patrimônio público: bancos, Petrobras, Eletrobras, Correios, empresas que exercem papel fundamental no desenvolvimento do País.


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