Com o objetivo definir as estratégias de atuação contra a privatização do setor elétrico, a Frente em Defesa das Estatais formada por entidades sindicais, como o STIU-DF, movimentos sociais e parlamentares se reuniu nesta terça-feira (8), na Câmara dos Deputados. O Coletivo Nacional dos Urbanitários (CNE) disponibilizou o documento “Privatizar não é a Solução” para os parlamentares.

A diretora do STIU-DF, que participou da mesa, destacou que esse processo nocivo que está sendo proposto pelo governo Temer no setor elétrico vai comprometer o desenvolvimento regional, a soberania nacional do Brasil e a modicidade tarifária, que se transformará em lucro para os empresários.

“Enquanto vários países como EUA, Holanda e Alemanha estão legislando para proteger o setor elétrico daqueles países, o Brasil está entregando de bandeja essa área totalmente estratégica para o País”, disse Fabiola. Segundo ela, a consequência disso para os brasileiros será um valor de tarifa ainda mais cara. “A energia vai ter preços diferentes e vai ficar mais cara em determinados horários do dia e a população vai sofre com isso”, acrescenta.

Durante a reunião, a Frente definiu agendas de luta em agosto e setembro, sendo duas audiências públicas, uma em cada mês, na Câmara dos Deputados. Outras duas agendas estão previstas em Brasília, confira o cronograma. Devido à abertura de leilão pela equipe econômica de Temer para privatizar quatro usinas hidrelétricas em Minas Gerais, também foram definidas agendas no estado.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), coordenadora da Frente, disse que o Brasil vive uma ruptura democrática que ameaça a soberania nacional. “Estamos vivendo sob a lógica de um governo que retira direitos e entrega o patrimônio do povo brasileiro para pagar as contas de um golpe continuado contra a democracia. A privatização do setor elétrico é uma ameaça ao desenvolvimento nacional, além de medida que penalizará os mais pobres, tendo em vista o aumento das tarifas de energia pelo setor privado”, completou a parlamentar.


Cronograma

Dia 15 – Brasília: Ato de lançamento do Manifesto do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) no DF, às 18h30, na CUT. Prévia para o encontro nacional em 3 de outubro.

Dia 17 – Minas Gerais: Pela manhã, diligência das Frentes Parlamentares, em BH, para averiguar a situação das empresas estatais de energia elétrica e à tarde, às 18h, audiência pública na Assembleia Legislativa do estado.

Dia 18 – Minas Gerais: Manifestação em BH, às 14h.

Dia 22 – Brasília: Decisão do ministro Dias Toffoli.

Dia 28 – Minas Gerais: lançamento da Frente em Defesa da Soberania Nacional em BH, às 16h, na Assembleia Legislativa.

Dia 29 – Minas Gerais: reuniões com os deputados estaduais e municipais para conscientização pela defesa das estatais e lançamento da Campanha Nacional em Defesa do Setor Elétrico.