GREVE GERAL: LUTAR PARA MANTER CONQUISTAS E DIREITOS

Desde que foi fundado, há 32 anos, o STIU-DF pode resumir sua história em uma palavra: LUTA. Sempre lutamos por melhores condições de trabalho, melhores salários, concurso público, lutamos contra o sucateamento e a privatização das empresas. Lutamos nas mais diferentes condições. Resistimos à ditadura militar, contra governos neoliberais e em governos populares. Nunca nos furtamos de lutar, seja em períodos de bonança ou em períodos de crise.

Mas há neste momento uma frente de luta mais do que necessária e urgente. Precisamos lutar pela manutenção dos direitos trabalhistas conquistados com muito suor ao longo de décadas e que agora, mais do que nunca, estão seriamente ameaçados pelo conjunto de parlamentares mais conservadores e reacionários do Congresso Nacional desde o golpe de 64. Parlamentares esses, em grande número, envolvidos nos recentes escândalos de corrupção.

Para barrar a pauta regressiva em curso, as centrais sindicais estão convocando uma  Greve Geral para o próximo dia 11. A Greve é mais um passo na jornada de lutas para resistir aos ataques que têm sido feitos contra a classe trabalhadora. Mostrando seu verdadeiro objetivo, a base de sustentação desse governo temerário aprovou a PEC 241 (agora PEC 55), condenando os investimentos sociais à mera correção da inflação, independentemente do crescimento do PIB e da população.

Não bastasse os poderes executivo e legislativo, agora o judiciário também se soma à ofensiva contra os trabalhadores/as. A determinação do corte imediato do ponto em um movimento grevista, a decisão monocrática do Ministro do STF, Gilmar Mendes, suspendendo a súmula 277 do TST, a decisão de suspender os efeitos da desaposentação para que o trabalhador possa requerer benefício mais favorável após ter contribuído por mais tempo soa como uma reforma trabalhista praticada pelo judiciário para evitar desgaste do governo federal.

No setor elétrico, o fantasma da privatização retorna. Alterações na legislação e no modelo do setor (MP 735, agora PL 29), abrem as portas para a privatização das empresas distribuidoras de energia, a venda de SPE’s, ativos da geração e transmissão. Desemprego e serviço de baixa qualidade serão os resultados que nos esperam.

Na CEB, o discurso de recuperação financeira da empresa aliado à renovação da concessão com metas impostas pela Agência Reguladora – ANEEL impõem aos trabalhadores e trabalhadoras uma dedicação cada vez maior ao trabalho sem a devida contrapartida de reposição de suas perdas salariais. Estamos em negociação coletiva a um mês e meio e a empresa e na reunião desta quarta feira a empresa se comprometeu a apresentar uma proposta das Cláusulas Econômicas no dia 17.11.

Assim, o STIU-DF convoca os trabalhadores e trabalhadoras a participarem do Ato nesta sexta feira 11 a partir das 09h no estacionamento da CEB/SIA. Lembramos que o ato servirá de esquenta para a nossa campanha salarial que deverá ter novos desdobramentos na próxima semana.

Todos na luta e na mobilização para barrar esse processo contra a classe trabalhadora.

 


VISUALIZAR ARQUIVO EM PDF