Os trabalhadores e trabalhadoras de Furnas, em Brasília Sul, aprovaram nesta segunda-feira (7) a participação na greve geral chamada para o próximo dia 11. A paralisação será de 24 horas e tem por objetivo resistir aos constantes ataques aos direitos da classe trabalhadora pelo governo ilegítimo de Temer Golpista. Nesta terça-feira (8), será realizada assembleia com a mesma finalidade na base de Furnas em Serra da Mesa.

A pauta de retrocessos é enorme. Privatizações, demissões em massa, fim do direito de greve, terceirização sem limite nas atividades fim, assim como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que já foi aprovada na Câmara e agora tramita no Senado, e que congela por 20 anos investimentos na saúde, educação, previdência, meio ambiente, ciência e tecnologia, cultura e muitas outras áreas.

Para o diretor do STIU-DF, David Oliveira, o momento é crucial para resistir contra a retirada de direitos. “Precisamos ter a determinação de lutar por nossos direitos e contra os ataques as empresas públicas que são nosso patrimônio. As Centrais Sindicais estão convocando a classe trabalhadora a ir para o contra golpe e lutar contra essa grande ofensiva”, aponta.

Informes

Em relação à PLR, Oliveira destacou que foi feito um pedido de intervenção no Tribunal Superior do Trabalho (TST), para intermediar a controvérsia que, na visão das entidades sindicais, não existe. “Estamos tentando construir uma audiência ainda este mês em busca de um entendimento sobre o pagamento da PLR”, informou.

Também houve informes sobre a possibilidade real de ataques ao fundo de pensão dos trabalhadores de Furnas. “Não descartamos isso, pois se houver mudanças de viés político na gestão da fundação, podemos sair prejudicados. Por isso temos que ficar atentos e mobilizados em defesa do fundo”, alertou o dirigente sindical Antônio Maria.