A greve geral chamada para o próximo dia 11 é mais um passo na jornada de lutas para resistir aos ataques que têm sido feitos contra a classe trabalhadora. Mostrando seu verdadeiro objetivo, a base de sustentação desse governo temerário aprovou a PEC 241 (agora PEC 55), condenando os investimentos sociais à mera correção da inflação, independentemente do crescimento do PIB e da população.

Não bastasse os poderes executivo e legislativo, agora o judiciário também se soma à ofensiva contra os trabalhadores/as. A determinação do corte imediato do ponto em um movimento grevista, e a decisão monocrática do Ministro do STF, Gilmar Mendes, suspendendo a súmula 277, dão um ar de legalidade à retirada de direitos.

No setor elétrico, o fantasma da privatização retorna. Alterações na legislação e no modelo do setor (MP 735, agora PL 29), abrem as portas para a privatização das empresas distribuidoras, a venda de SPE’s, ativos da geração e transmissão. Desemprego e serviço de baixa qualidade serão os resultados que nos esperam.

Na Eletrobras, o Presidente promete uma reestruturação da holding sem prévia discussão com os trabalhadores/as. Sua trajetória em empresas privadas e suas falas à imprensa trouxeram apreensão. No próximo dia 10, será apresentada a reestruturação que virá.

Na Eletronorte, fala-se na venda do terreno da futura sede e da participação societária em SPE’s. Modos de diminuir o PMSO, especialmente o P, estão sendo ventilados. Quando conveniente, a Eletronorte esquece que tem CNPJ próprio e aguarda determinações da holding, como é o caso da licença paternidade.

Alguns dos inúmeros motivos para lutar:

  • A aprovação da MP735, agora PL29, acelera o processo de privatização de empresas do Sistema Eletrobras.
  • A aprovação da PEC241, agora PEC55, que limita os gastos com saúde e educação, entre outros, também reduz concurso público.
  • Suspensão da ultratividade (Súmula 277) que garantia a vigência de um acordo até que se negocie outro. Isso já impacta o acordo do Banco de Horas.
  • Determinação do corte dos dias parados ao início das greves.
  • Reestruturação da holding por decisão do Presidente, sem prévia discussão com os trabalhadores/as.
  • Venda de ativos da Eletrobras, como empresas distribuidoras, prédios e terrenos (incluindo a sede da Eletronorte em Brasília).
  • Privatização das empresas distribuidoras de energia.
  • Venda de SPE’s, inclusive a de Belo Monte.

 

Todos na luta e na mobilização para barrar esse processo contra a classe trabalhadora e nossas empresas.

AMANHÃ (08/11) TEM ASSEMBLEIA DELIBERATIVA. VENHA LUTAR PELOS SEUS DIREITOS. PARTICIPE!


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