“Geralmente reduzimos a produção, mas este ano, devido à maior seca, tivemos que parar”, explica o diretor. Apenas nos anos 2000 e 2007 o lago chegou ao nível abaixo do ideal e em agosto de 2010, atingiu a menor marca dos últimos 12 anos. Além da energia, o abastecimento de água também faz parte da preocupação dos brasilienses neste período. No entanto, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), afirma que os lagos artificiais de Santa Maria e do Descoberto, responsáveis pelo abastecimento no DF, suportam até março do ano que vem sem que haja chuva.
O superintende de Operações Hídricas, Fernando Starling, esclarece sobre dados acerca das reservas. “O lago do Descoberto, apesar de estar 1,30 metros a baixo do nível máximo, não é preocupante, pois se recupera em 125 dias – tempo muito hábil”. A reserva tem 14,8 km² de área inundada e profundidade de 6,9 metros. Comparando com a média de 10 anos, no mesmo período, o lago está 50 centímetros mais raso. Já o de Santa Maria, que se repõe em 440 dias, está com 70 centímetros a cima do volume máximo. Ele tem 6 km² de área e 9,7 metros de profundidade. Em relação à média, a reserva se mantém a 50 centímetros acima.
Seca
Há 97 dias não chove no DF. De acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a expectativa é de que a estiagem termine na segunda quinzena de setembro. O meteorologista Luiz Cavalcante explica que a seca pode ser prolongada, mas que não deve passar de outubro. “O máximo que o DF ficou sem chuva foram 164 dias, em 1963”. Em 2008, a seca terminou no dia 30 de agosto, já no ano passado, choveu antes do previsto, em julho e agosto.
(Fonte: Correio Braziliense)