Nesta segunda-feira (9) os trabalhadores e trabalhadoras da CEB entraram em greve por tempo indeterminado. Durante o mês de outubro foram realizadas seis reuniões para tratar da pauta de reivindicações da categoria. A empresa, de forma inflexível, apresentou proposta considerada uma afronta, com retirada de direitos e benefícios dos eletricitários. Também negou a aplicação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e a solicitação de ganho real.

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial conforme o índice do INPC, estimado em 10,11%, mais ganho real linear para todos os empregados e abono salarial. Além disso, a categoria luta para que as cláusulas vigentes do ACT sejam mantidas integralmente.

A pauta de reivindicações dos trabalhadores, entregue em setembro, contém 65 cláusulas e foram divididas em quatro blocos: cláusulas sociais/relações de trabalho; relações sindicais; econômicas e novas. Dos itens econômicos, a empresa negou todos. Das 11 cláusulas novas, 10 foram rejeitadas e apenas 1 (uma) foi aceita pela CEB.

Com o discurso da dificuldade financeira da Companhia, a direção da CEB tenta jogar em cima dos trabalhadores todo o ônus da empresa. No entanto, uma situação ruim, tal como a descrita pela CEB, não se cria da noite para o dia. Neste caso, há total responsabilidade da [má] gestão da empresa.

O STIU-DF ressalta que o cenário apresentado não é responsabilidade dos trabalhadores. “Defendemos o fortalecimento e equilíbrio econômico-financeiro da CEB, mas não admitimos que a empresa venha arrancar direitos dos trabalhadores garantidos através de muita luta”.

Com cerca de 980 empregados, a CEB é responsável pela distribuição de energia em toda a capital, atende aproximadamente um milhão de clientes, incluído residências e comércio.