O Projeto de Lei nº 0467/2015, encaminhado pelo GDF à Câmara Legislativa, abre caminho para a privatização da CEB, que é uma das empresas estatais que a população do DF mais se orgulha. (Veja a nota na íntegra no arquivo anexo)

Essa lamentável iniciativa, se vier a ser concretizada, representará o mais duro golpe contra o patrimônio público e a população do DF nestes 65 anos de história. E o governo Rollemberg não esconde o principal objetivo da medida: fazer caixa com a venda das ações e de suas participações nas empresas públicas. Nenhuma preocupação com a saúde financeira da CEB e com a melhoria contínua dos serviços de fornecimento de energia elétrica à população.

É estranho que, exatamente no momento em que se sinaliza uma virada na conjuntura difícil que a empresa vem enfrentando a mais de uma década, o GDF se proponha a privatizá-la.

Durante anos, os diferentes governos e administrações da CEB preferiram gastar enormes quantias de dinheiro fazendo usinas hidrelétricas ao invés de investir em melhorias e na expansão do sistema elétrico. Essa política, além de endividar a empresa, contribuiu para o sucateamento das redes de distribuição e, consequentemente, para o aumento das falhas no fornecimento e dos chamados “apagões”.

Apesar disso e da política anacrônica implementada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a CEB sobreviveu e reuniu forças para se reerguer, graças principalmente ao prestígio que goza junto à população e ao empenho de seus trabalhadores e trabalhadoras.

Nos últimos cinco anos, a empresa realizou concurso público e contratou mais de 400 novos empregados, substituindo mão-de-obra terceirizada, reforçando o atendimento aos clientes e potencializando seus processos internos. Além disso, foram investidos mais de R$ 700 milhões em obras no sistema elétrico, com construção de subestações, linhas de distribuição e alimentadores, além da substituição de equipamentos obsoletos. Em breve, a população começará a perceber as melhorias e a se beneficiar de um fornecimento de energia elétrica mais confiável, sem interrupções e com uma das menores tarifas do Brasil.

Neste contexto, cabe questionar se, ao lado da sanha para fazer caixa, não há outros interesses do governo Rollemberg com a venda de uma empresa pública em evidente processo de recuperação e fortalecimento.

Para os trabalhadores e trabalhadoras, não há dúvida de que, ao privatizar a CEB, o GDF estará submetendo o interesse público às motivações exclusivamente comerciais do capital privado, que antes de se preocupar em melhorar o sistema elétrico e o atendimento à população, almejará mesmo é se beneficiar do patrimônio que, às duras penas, foi construído pelos cebianos e pelo povo do Distrito Federal.

Não vamos permitir tamanho desrespeito e desfaçatez.

Contamos com a população do DF nesta luta.

Em defesa da CEB e contra essa péssima ideia de privatizar o patrimônio público!


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