A raça, o gênero e a opção sexual são diferentes, mas os direitos devem ser iguais.

Todo ser humano gosta de – e deveria – ser tratado com respeito e dignidade. Esta afirmativa não é diferente entre os trabalhadores/as da Eletronorte. Infelizmente, fato ocorrido recentemente em uma das unidades descentralizadas da empresa, demonstrou a falta de preparo de um gestor. Não apenas como gestor, mas principalmente como cidadão. Ao ser questionado por sua equipe de manutenção sobre o almoço, em uma operação que iria das 9h às 15h, o gestor afirmou à sua equipe, na qual incluem-se negros, que bastariam bananas para alimentá-los. Essa colocação gerou um clima de insatis-fação e revolta dentre a equipe, que já havia ouvido outras “brincadeiras”.
O Sindinorte relatou esse fato à Eletronorte e exigiu medidas imediatas para apurar a responsabilidade do ocorrido. Afinal, casos como esse não podem ocorrer e passar impunemente. Solicitou-se que fosse aberto um pro-cesso de sindicância e o afastamento do gestor de seu cargo até que se finalizem as investigações – como ocorre com um trabalhador/a normal.
No último dia 12, a Eletronorte informou ao Sindinorte que o processo de sindicância foi instaurado e que o gestor encontra-se afastado de seu cargo. Uma vitória, não apenas para a equipe, mas para toda a classe trabalhadora, afinal, excessos tem ocorrido com frequencia na empresa.
“Piadas e brincadeiras” com a questão racial, que não tem a intenção de ofender ninguém na ótica de quem as pratica, repetem-se com a questão de gênero e a opção sexual. Quem pratica estes atos, deve recordar que quem é impactado pelas palavras preconceituosas tem os mesmos direitos que ele/a.
Ao reproduzir, mesmo que jocozamente, essas “piadas e brincadeiras” podemos ofender alguém, podemos ferir a dignidade de outro ser humano e estamos alimentando uma situação de desigualdade e preconceito que não cabe em nossa empresa, e na sociedade.
Quando os comentários são feitos por um gestor, que deveria estar preparado para lidar com as diferenças, mas tratando a todos/as como iguais, a situação é bem mais complicada. A linha entre uma “brincadeira/piada” e um assedio moral, ou sexual, é muito tênue.
Não podemos permitir que o senso comum de “estava apenas brincando” se reproduza como algo normal, pois não é. Reflete uma postura social de preconceito, de desrespeito para com outro ser humano.
Por isto, neste dia 16/03, repensemos nossas atitudes. Busquemos construir uma Eletronorte livre de preconceito de raça, de gênero e de opção sexual. Somos todos trabalhadores/as eletricitários/as em busca de um mesmo ideal: um mundo onde todos sejam verdadeiramente iguais, respeitando-se as diferenças. Diga não ao preconceito.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Duas chapas concorrem ao cargo de representante dos trabalhadores/as no Conselho de Administração da Eletronorte. Participe deste processo que é uma vitória da classe trabalhadora.  Conheça os candidatos e não deixe de votar.
SEGURANÇA NA SEDE
Principio de incêndio no 12º andar é preocupante
O STIU tomou conhecimento de que na última terça feira houve um principio de incêndio nas dependências da empresa ocasionado por um aparelho de ar condicionado antigo. Felizmente, o principio de incêndio foi controlado rapidamente pelos trabalhadores. A CIPA já está apurando o caso ocorrido, que parece não ser o primeiro. Apesar de sabermos das críticas condições em que se encontra o prédio, algumas medidas de prevenção dependem apenas de nós: como desligar o aparelho de ar condicionado ao sair, fechar as janelas ao chover.
No entanto, a Diretoria da Eletronorte deve tomar providencias para que casos como este não voltem a ocorrer. E como andam as obras da nova sede? Com a palavra a Diretoria.
SALDO SERAF
Eletronorte recorre da decisão e tem medida indeferida mais uma vez
Como informado anteriormente, o STIU-DF provocou o Juiz Fernando Gabriele, que, sentenciou a Eletronorte a pagar o saldo remanescente do SERAF a partir de janeiro/15. A Empresa recorreu sem êxito. Mais uma vez a Eletronorte recorreu, solicitando um pedido de liminar. Desta vez, o Desembargador Grijaldo foi quem indeferiu o pedido de liminar e chamou o sindicato a se manifestar. O STIU-DF estará se manifestando na próxima semana, em defesa dos trabalhadores/as. Orientamos aqueles trabalha-dores/as que queiram parar a compensação das horas do SERAF a fazê-lo. Caso haja alguma dificuldade, chamem o sindicato. A imposição da compensação, a depender da forma, pode ser caracterizada como assedio moral.

 


VISUALIZAR ARQUIVO EM PDF