Diretoria da CEB altera PCCS sem discussão com os trabalhadores e trabalhadoras


No decorrer de 2012 o Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS foi um tema polêmico e amplamente debatido pela categoria, por meio de comissão paritária, formada por representantes da empresa e do sindicato. As discussões ficaram trava-das em um ponto chave para a sobrevivência do próprio Plano: o percentual da folha que seria utilizada para fazer rodar o PCCS, isto é, qual o recurso destinado para mérito. O Sindicato defende que se destine 3% da folha enquanto a Diretoria da CEB queria apenas 1%. Com as discussões paradas, a comissão paritária não mais se reuniu.

A Diretoria da CEB então, implementou e tem aplicado o percentual de 1%, conforme previa o ACT 2011/2013, desconsiderando inclusive estudos técnicos elaborados por um consultor especializado contratado especificamente para analisar e subsidiar a revisão do PCCS.

Em nenhuma das reuniões, a CEB colocou em mesa a questão da incorporação do Adicional Agregado de Remuneração de Diretor – AARD ou da Função Gratificada – FG. Agora, em 2014, sem nenhuma negociação, a Diretoria da CEB ALTEROU o PCCS unilateralmente para contemplar a ela mesma. A alteração do item 5 do PCCS incorpora os adicionais e gratificações aos(às) trabalhadores(as) do quadro que exercerem função de gestor(a) na empresa, tornando-os gestores eternos.

Esta atitude é uma total contradição com a postura adotada por esta Diretoria quando assumiu o desafio de recuperar a CEB. No início de 2011, esta mesma Diretoria revogou ato semelhante feito pela Diretoria anterior. Postura correta para quem quer dar o exemplo e reconduzir a empresa no sentido da recuperação da CEB.

O que mudou agora? A ação judicial de um ex-diretor que ganhou judicialmente o “direito” de incorporar a AARD, dentre tantas outras que foram impetradas e foram perdidas? Ora, se é assim, vamos democratizar as demais ações ganhas individualmente pelos(as) trabalha-dores(as) com todos(as), por que não? A atitude tomada pela Empresa é totalmente imoral, vergonhosa e engorda o bolso de poucos em detrimento da maioria. Não tem recurso para o mérito dos(as) trabalhadores(as), mas tem recurso para os(as) gestores(as)?

Este fato lembra o nefasto episodio que ocorreu na Eletronorte, aonde os gestores instituíram no apagar das luzes a chamada Remuneração Global e passaram a ser conhecidos como “Gafanhotos”, pois estes se alimentam de tudo o que podem até a extinção dos recursos. À época, um dos atuais diretores da CEB, era dirigente sindical e foi posicionou-se terminantemente contra.

Exigimos o retorno do texto anterior no PCCS, com imediata retirada desta aberração criada dentro de um plano de cargos, carreiras e salários que deve dar perspectiva de crescimento profissional e não profissional e não criar distorções salariais premeditadas. Exigimos a retomada da comissão paritária para sanar pontos que ficaram pendentes.

COM A PALAVRA….

A DIRETORIA DA CEB.


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