Assembleia Legislativa de Goiás vota proposta de crédito de R$ 3,728 bilhões ao estado nesta terça-feira, 24 de agosto

 

A Celg acredita na aprovação do empréstimo de R$ 3,728 bilhões para o governo de Goiás, que está previsto para ser apreciado pela Assembleia Legislativa do estado nesta terça-feira, 24 de agosto. O presidente da Celg, Carlos Antonio Silva, destacou que o projeto já foi aprovado em primeira votação e não deve encontrar dificuldades na nova apreciação. Sem entrar em detalhes, Silva classificou como “vitais” as alterações feitas no projeto pela Assembleia. Entretanto, o executivo avalia que a provável aprovação do empréstimo não dará a solução final dos problemas da Celg.

“É uma questão fundamental, mas as dificuldades não são apenas a votação do empréstimo. Até por que existe uma questão política na alteração do projeto original. O projeto foi alterado e colocou barreiras imensas nesse processo”, afirmou em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.

Silva disse também que o aporte de capital não será aplicado em geração. O objetivo principal, segundo ele, é o pagamento das dívidas da Celg com a Eletrobras e a consequente regularização junto com a Agência Nacional de Energia Elétrica, permitindo a aplicação do reajuste tarifário da distribuidora, que se encontra congelado. “O aporte virá para buscar o adimplemento, a recuperação econômico-financeira da companhia e a recondução da tarifa”, explicou o executivo. Silva contou, no entanto, que a Celg GT está desenvolvendo alguns inventários em conjunto com parceiros.

O presidente da Celg ressaltou que o processo de recuperação econômico-financeira da empresa compreende ainda outros trabalhos de gestão compartilhada e recuperação da área operacional. De acordo com Silva, o objetivo da Celg é que a Eletrobras esteja junto com a companhia nestas etapas. “Esse é o objetivo da estrutura negocial que está sendo desenvolvida”, frisou.

No último dia 11 de agosto, Eletrobras assinou um protocolo de intenções com o estado de Goiás e a Celgpar. Segundo o comunicado, há o interesse de o estado viabilizar a implantação e o compartilhamento da experiência da Eletrobras na Celgpar e suas subsidiárias, mediante o estabelecimento de acordo de acionistas entre o Estado e a Eletrobras que estabeleça a gestão compartilhada das mencionadas empresas. “Está assinado no protocolo de intenções, mas precisamos vencer primeiro a parte do empréstimo do estado, que ainda não está objetivado. As dificuldades são imensas”, observou.

(Fonte: Danilo Oliveira, Agência CanalEnergia)