ELN

Depois de vários anos de lutas e conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras do setor elétrico e, em especial, da Eletronorte, temos experimentado um período em que o governo popular eleito pela classe trabalhadora passou de uma postura de reconhecimento de nossa importância estratégica e recuperação dos nossos salários, historicamente rebaixados no período neoliberal, para uma atitude de desconsideração e abandono da linha de recomposição do poder aquisitivo dos eletricitários.

Se, para isso, havia a desculpa dos difíceis momentos da economia mundial, hoje percebemos que tudo não passava de mera retórica, pois a solução mostrou seu alicerce na valorização da massa salarial da classe trabalhadora, que deve sempre continuar até encontrarmos o equilíbrio de salários justos, que só será alcançado com a redução do grande abismo entre os altíssimos salários de poucos e os baixíssimos salários de muitos. A concentração de renda no Brasil, apesar da valorização das classes D e C, ainda é escandalosa. Mas, ao contrário, o governo tem abandonado o foco nos salários e se voltado para o corte dos impostos, renegando os trabalhadores e trabalhadoras e beneficiando os empresários.

Por conta disso, chegamos ao momento em que não há mais como dar crédito às palavras da diretoria da Eletrobras. O crescimento do setor elétrico, o aumento da produtividade na geração e transmissão de energia, e a concentração de renda em nosso país são justificativas suficientes para que o governo Dilma retome a política de ganho real da nossa categoria, tão importante quanto às outras, mas de fundamental relevância estratégica num país que depende tanto da energia elétrica para continuar crescendo como pretende.

Nossa resposta, depois desses últimos anos de indiferença à nossa luta, é a greve geral por tempo indeterminado de todo o setor elétrico. Infelizmente, é essa a linguagem que o governo consegue entender. No caso da Eletronorte, não será a primeira vez. Em 1990, há 22 anos, enfrentamos a diretoria da empresa numa greve de 30 dias. É óbvio que uma greve por tempo indeterminado é uma medida extrema, mas o governo não nos deixa alternativa. Temos plena consciência disso e do que iremos enfrentar pela frente, mas com serenidade e responsabilidade. O governo sabe que não somos nós os intransigentes.
É hora da categoria eletricitária demonstrar seu valor, sua força, sua unidade. O governo verá que não aceitamos mais esse descaso e não nos intimidaremos com suas ameaças. Será uma guerra de nervos em que, mantendo nossa unidade e firmeza, seremos vitoriosos.
Quanto mais unidos e participativos, mais eficaz será nossa luta. Assim, quanto mais forte, mais curta será nossa greve.
Vamos à luta!

 

COMPAREÇA NA EMPRESA E PARTICIPE DA NOSSA LUTA.

ASSEMBLEIA DE AVALIAÇÃO TODOS OS DIAS PELA MANHÃ !

 

PREPARE-SE PARA A GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO

Conforme deliberação da última assembleia geral extraordinária do dia 11, que aprovou greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 16 de julho, na segunda-feira amanheceremos paralisados. Portanto, aproveite o dia de hoje para molhar as plantinhas, recolher documentos pessoais, contas a pagar, notebook, remédios, radiografias, livro, escova de dente, cosméticos…, e resolver outras pendências. E compareça na empresa nestes dias para engrossar as fileiras do nosso movimento.

TRABALHADORES UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS !



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