ELN

Diretoria da Eletronorte, por meio da Circular PR-DG-005/2012 estabelece as novas normas de acesso às instalações da empresa. Pelas novas regras, a entrada dos trabalhadores e trabalhadoras da Eletronorte ao seu local de trabalho somente será permitido após as 8h e a permanência será restrita até as 18h. Sob o argumento de que essa medida trará agilidade e segurança à classe trabalhadora, a Eletronorte pretende convencer a categoria que essa atitude, no mínimo descabida, é para a melhoria das condições de trabalho.
Agilidade para quem? Segurança? De quem? A Eletronorte desde que foi fundada sempre se pautou pela valorização da classe trabalhadora, pauta que nos últimos anos vem sendo abandonada pelas sucessivas Diretorias da empresa. Essa circular é a prova de que a gestão da Eletronorte não mais se pauta pela valorização de seus trabalhadores e trabalhadoras. Como é possível que os gestores que assinam tal documento aleguem agilidade e segurança em um processo que restringe o direito de ir e vir da categoria que sempre pôde contar com as instalações da empresa como uma segunda casa?
Parece que esses gestores esqueceram que, na hora de pico de entrada e saída, filas se formam para ter acesso aos elevadores que levam aos andares e salas da empresa. Será que a demanda reprimida daqueles trabalhadores e trabalhadoras que chegam antes das 8h irá agilizar o acesso aos elevadores? Haverá segurança nos elevadores lotados? E para aqueles(as) que utilizam as garagens e tem acesso à empresa pelos elevadores? Será melhor se aventurar pelas instalações inseguras, cheias de rampas, buracos e sem sinalização? E os trabalhadores e trabalhadoras que possuem alguma dificuldade de locomoção e utilizam a garagem? Como ficam? Será que esse procedimento é mais seguro e ágil?
No caso de eventualidade, em que haja a necessidade de acessar as dependências da empresa antes das 8h, como será o procedimento para permitir tal acesso? Será que os vigilantes que hoje atuam em prol de nossa segurança terão que impedir o acesso, causando constrangimento para ambas as partes? E porque o acesso após às 8h? Que risco o trabalhador oferece à empresa antes desse horário? A própria Eletronorte em campanha de valorização da categoria, distribui material dizendo que cada um de nós é o número 1, que tratamento seria dispensado se fossemos o número 2?
Às vésperas de uma database que entra com pendências da campanha passada, na qual a categoria eletricitária foi tratada de forma desrespeitosa, a Eletronorte quer colocar mais lenha nessa fogueira? Cabe uma reflexão por parte desses gestores que, a principio são responsáveis pela manutenção de um ambiente de trabalho equilibrado, sobre o extremismo dessa medida.
O STIU/DF espera que essas ações, ditas de segurança, sejam revistas pela empresa, que não há muito tempo tentou colocar tapumes que impediam o acesso aos primeiros subsolos e logo em seguida tiveram que rever tal postura.

 


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