nPUBA maturidade política e organizacional dos trabalhadores pode ser medida não só pela mobilização e postura aguerrida, mas também pela sua capacidade de contextualizar cada vitória e cada conquista no processo estratégico maior, de emancipação e dignidade plena da classe trabalhadora.
É nessa perspectiva que devem ser compreendidas, por exemplo, as campanhas salariais nas bases de Furnas, ONS, CEB, Eletronorte e Eletrobrás, ou seja, como avanços e contribuições que se somam ao conjunto de conquistas históricas da categoria, culminando no necessário acúmulo de forças para futuros embates e novas lutas.
Porém, não foram só as lutas econômicas que marcaram a atuação dos urbanitários em 2008. A participação em plenárias, marchas e cursos de formação da CUT, bem com nos debates em torno da Nova Eletrobrás, da criação da Confederação Nacional dos Urbanitários, da volta da aposentadoria especial para os eletricitários, da governança nos fundos de pensão, da revisão tarifária na CEB e do desenvolvimento energético brasileiro ilustram bem a preocupação do STIU-DF com todas as questões pertinentes à nossa categoria e a sintonia dos urbanitários do DF em relação às lutas gerais dos trabalhadores.
Os desafios serão enormes em 2009. Com a nova crise cíclica do capitalismo, onde se escancarou de vez a farsa e a patifaria neoliberal, milhões de dólares serão desviados para salvar banqueiros e indústrias no mundo. Mas isto não evitará o desemprego em massa e a tentativa de subtrair direitos dos trabalhadores, inclusive no Brasil.
Não há dúvidas de que somente a unidade, a organização e a capacidade de enfrentamento tornarão possível a resistência dos trabalhadores às novas investidas do capital. Não podemos e não vamos pagar a conta pela bancarrota daqueles nos exploram e devastam o nosso planeta.