O mês de setembro é amplamente conhecido como o “Setembro Amarelo”, um período de conscientização e prevenção do suicídio e das doenças mentais.  O Setembro Amarelo surgiu como um movimento para sensibilizar e abordar questões relacionadas à saúde mental, desmistificando o tabu em torno do suicídio e incentivando o diálogo. A campanha visa não apenas promover a conscientização, mas também destacar as causas subjacentes das doenças mentais, incluindo fatores sociais e de ambiente de trabalho.

Neste contexto, é essencial dar atenção às condições de trabalho, que podem agravar significativamente os problemas de saúde mental dos trabalhadores. Recentemente, as empresas da base do STIU.DF, especialmente as do Grupo Eletrobras e a Neoenergia foram cenário de demissões em massa, levantando preocupações sobre o impacto dessas medidas no bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras.

As demissões em massa e a instabilidade no emprego são frequentemente acompanhadas por sentimentos de incerteza, medo e estresse. O esgotamento mental, caracterizado, por exemplo, por exaustão emocional, é um resultado comum dessas situações. Além disso, a pressão para lidar com o aumento das responsabilidades devido à redução da força de trabalho sobrecarrega ainda mais os trabalhadores remanescentes.

O aumento do estresse no ambiente de trabalho devido a demissões pode ser um gatilho para o desenvolvimento ou agravamento de condições de saúde mental, como ansiedade e depressão. A sensação de insegurança financeira e profissional também pode influenciar negativamente o bem-estar psicológico dos trabalhadores.

Assim, é crucial que as empresas reconheçam os impactos emocionais das demissões dos trabalhadores e trabalhadoras e implementem medidas para fornecer apoio psicossocial aos funcionários. Programas de aconselhamento, suporte emocional e projetos de recolocação no mercado de trabalho são ferramentas importantes que devem ser executadas pelas empresas.

É importante que cada pessoa, ao perceber sinais de esgotamento, procure ajuda profissional. Existem os programas que cada empresa deve proporcionar, mas um passo que se pode dar é buscar o auxílio de profissionais da área psicossocial, como psicólogos e terapeutas.

O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Em 2023, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.