Em 2022, a categoria eletricitária lutou muito, mas não conseguiu evitar a privatização da Eletrobras, que ocorreu em junho deste ano. Mas a luta continua, agora pela reestatização da Eletrobras e também para evitar as demissões previstas para o dia 30 desse mês. Mesmo sabendo de todas as dificuldades para evitar as demissões, lutaremos com todas as nossas forças até o último instante, no campo jurídico e político.

A matéria publicada pelo Correio Braziliense, do dia 28/12/2022, cujo título e fotografia, reproduzimos abaixo, demonstra claramente a nossa disposição de luta pela reestatização da Eletrobras. Enfrentando chuva ou sol, a reestatização da Eletrobras é a luta prioritária dos eletricitários e só terminará quando o nosso objetivo for atingido.

Eletricitários protestam por reestatização da Eletrobras

postado em 28/12/2022 18:43 / atualizado em 28/12/2022 18:45

A eleição de Lula para presidente do Brasil foi um passo importante para a reestatização da Eletrobras. Apesar do relatório do Grupo de Transição da área de energia elétrica não usar a palavra reestatização, o documento enumera as principais consequências da privatização, bem como indica algumas medidas que o governo Lula deve tomar para mitigar os impactos da privatização da Eletrobras, o que nos leva a crer, que a reestatização deve ser uma das prioridades do governo Lula. Isto não quer dizer que devemos nos acomodar e esperar, em berço esplendido, que o próximo governo tome todas as iniciativas para resgatar a Eletrobras das mãos daqueles que a sequestraram do povo brasileiro. Ao contrário, a vontade política do governo Lula em reestatizar a Eletrobras deve ser o nosso combustível para a intensificação de nossa luta.

É necessário ter consciência de que a luta pela reestatização da Eletrobras, apesar de ser completamente possível e ter o apoio do presidente Lula, não será fácil e nem rápida, já que esse governo será pautado pela reconstrução nacional e, por isso mesmo, de composição política, contemplando forças favoráveis e contrárias à reestatização. Isto não pode nos desanimar, mas servir de estímulo para nos mobilizarmos e lutarmos pelo nosso grande objetivo, que está ao nosso alcance, mas vai depender da coragem do próximo governo e da nossa mobilização e luta. A luta pela reestatização da Eletrobras tem que ser uma luta do povo brasileiro e em especial dos eletricitários e eletrictárias do país. É uma luta, que em hipótese alguma, pode ser terceirizada. É uma luta para chamar de nossa.

Principais pontos do relatório do Governo de Transição

O relatório do Governo de Transição identificou que nos últimos quatro anos houve, em suas próprias palavras, “um forte desmonte regulatório, aliada a uma abertura de mercado que teria reduzido o espaço estatal no Ministério de Minas e Energia”. Diz ainda que “As atenções do novo governo devem se voltar para as leis, decretos e outros atos normativos que representam um risco de perpetuação do desmonte da área de minas e energia, bem como para a necessidade de medidas de reconstrução das políticas públicas do setor, especialmente nas áreas de mineração, energia elétrica, petróleo, gás e biocombustíveis”.

O relatório enumera que a principal preocupação na área de energia deve ser com as mitigações das consequências da privatização da Eletrobras, devido a descotização, que com certeza, acarretará aumento na conta de luz e a concentração de ativos em uma empresa privada, trazendo risco à soberania energética. O relatório também alerta o absurdo do estado ser o maior acionista da empresa, detendo 42,7% das ações e estar limitado a apenas 10% do seu direito de voto, o que reduz o poder de influência da União nos rumos da empresa.

Companheiros e companheiras, já demos passos importantes para a reestatização da Eletrobras, como a eleição de Lula e o relatório da Transição. Agora o mais importante é a nossa mobilização e luta pela reestatização da Eletrobras e em defesa do Brasil e do povo brasileiro.

Convite para a posse de Lula e mobilização pela reestatização da Eletrobras

Dia 1º de janeiro de 2023 todos aqueles que defendem a democracia e a reestatização da Eletrobras têm um compromisso com o Brasil e com a reestatização da Eletrobras. É um momento histórico, que os eletricitários e eletricitárias não podem deixar de participar. Caravanas de todo o Brasil estão vindo para Brasília e nós que somos da cidade não podemos deixar de participar da festa da democracia.

O Sindicatos dos Urbanitários no DF (STIU-DF) convida todos os trabalhadores e trabalhadoras para festejarmos a democracia e demonstrar com a nossa presença e faixas que exigimos a reestatização da Eletrobras.

Data: 1º de janeiro de 2023

Horário: A partir das 13h

Local de concentração: Biblioteca Nacional de Brasília, próximo da Catedral

Contamos com a sua participação. Sua presença é fundamental!