Na quinta-feira (3), o STIU-DF e representantes da área de Recursos Humanos da Neoenergia se reuniram para a apresentação do novo diretor adjunto de Recursos Humanos, Fábio Dias Folchetti. Na ocasião, a entidade sindical discutiu algumas pautas que têm causado preocupação à categoria.

Entre os assuntos discutidos está a prorrogação da estabilidade e abertura de novos PDV’s; eleição de um representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da NEOBSB; terceirização da área “fim” na empresa, bem como, algumas pendências corporativas como os recorrentes erros da folha de pagamento, as escalas de trabalho, a falta de estacionamento no edifício Corporate para todos os empregados. Além da cláusula 42 do ACT sobre Compliance, e a lotação de novos empregados em UTD’s muito distantes de suas residências.

O ponto inicial da reunião tratou da possibilidade de prorrogação da cláusula 44 do ACT, e sobre a abertura de novas etapas de PDV’s. O STIU-DF ressaltou a importância de uma resposta positiva por parte da empresa para as duas questões.

Para a entidade sindical, os trabalhadores oriundos da CEB Distribuição necessitam de um tempo maior de adaptação à nova política empregatícia, bem como, para avaliar sua permanência ou não no quadro da NEO Brasília. Contudo, de forma intransigente, a resposta dos representantes foi negativa às duas demandas, com a justificativa de que a previsão desses eventos está atrelada ao plano de privatização da CEB/D, ou seja, seguirão apenas o que já está previsto.

A empresa negou ainda a reivindicação de um representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da NEOBSB. No entanto, ficou aberto o diálogo para rediscussão do tema na próxima Data-Base.

Quanto à terceirização da área “fim”, o STIU-DF se mostrou bastante preocupado com o assunto, uma vez que o número de mortes e acidentes com trabalhadores terceirizados nos últimos anos tem se elevado consideravelmente, visto que a formação ofertada a esses profissionais, muitas vezes, está de longe ser a mais adequada às necessidades exigidas para a função. A empresa informou que possui um plano previsto para primarização dos serviços na área fim. Contundo, o sindicato continuará acompanhado essa questão.

Com referência aos erros da folha de pagamento, a entidade sindical pontuou que as falhas têm prejudicado a categoria. Os representantes da empresa garantiram que esses erros serão minimizados o mais breve possível.

A respeito das escalas de trabalho, que têm sobrecarregado os trabalhadores, deixamos claro nossa preocupação quanto à exaustão física e psíquica na qual os profissionais estão expostos, o que pode ocasionar acidentes e, infelizmente, até mortes. Nesse sentido, o STIU-DF cobrou efetivas providências para assegurar aos trabalhadores melhores condições laborais.

Levamos a conhecimento dos representantes da empresa, também, o nosso descontentamento da não oferta de estacionamento no edifício Corporate para todos os empregados lotados na unidade, elencamos a dificuldade dos trabalhadores em conseguir uma das vagas gratuitas do estabelecimento, bem como a distância a ser percorrida a pé, principalmente em dias de chuva.

Diante do impasse, o STIU-DF propôs que a empresa se responsabilize pelo pagamento de 80% do valor gasto pelos trabalhadores, ficando os 20% restante sob responsabilidade dos empregados. Estamos no aguardo de uma resposta.

Sobre a cláusula 42 do ACT, que se refere à condução do empregado ao Compliance, solicitamos uma reavaliação do item, visto que esta está com dúbio entendimento, pois na compreensão do STIU-DF, a empresa deverá informar à entidade sindical tão logo o empregado seja encaminhado ao Compliance e não somente quando da decisão final desta comissão. Deste modo, aguardaremos a análise desta demanda.

E por fim, tratamos do deslocamento dos empregados lotados em UTD’s muito distantes de suas residências, o que torna, em nosso entendimento, inviável para o desenvolvimento saudável das atividades laborais, uma vez que sendo trabalhadores de escala e já sobrecarregados de trabalho não haverá tempo necessário de descanso, expondo esse trabalhador demasiadamente ao risco. Portanto, solicitamos que esses casos sejam revistos e o trabalhador seja realocado em base mais próxima ao local de moradia.

Ciente de que não há conquistas sem lutas, bem como de todas as dificuldades e desafios que estamos enfrentando e das que ainda estão por vir, o STIU-DF se coloca ao lado e à disposição dos trabalhadores e trabalhadoras e realça ainda a importância da união de todos.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!