A CEB divulgou esta semana o lucro líquido do 1º semestre de 2021, fechado em R$ 1,179 bilhão. O presidente da empresa, Edson Garcia, em entrevista à coluna Grande Angular do site Metrópoles, afirmou que o valor foi alcançado em função da privatização da CEB Distribuição. Para ele, “o resultado do semestre mostra que a decisão de privatizar a distribuidora e manter as empresas de geração foi acertada”.

O STIU-DF manifesta desacordo com a declaração do gestor. Para a entidade, a privatização da CEB é o maior erro cometido pela gestão do governador Ibaneis Rocha. E o impacto da medida já afeta a população do Distrito Federal. Com apenas cinco meses à frente do serviço de distribuição de energia da cidade, as reclamações contra a Neoenergia sobre falhas no fornecimento aumentaram 58% após a venda da estatal.

A entidade sindical advertiu o Governo do Distrito Federal, durante a realização de manifestações e audiências públicas, que a entrega da CEB Distribuição traria debilidade ao sistema elétrico da Capital.

Ainda na entrevista, Garcia afirma que todos os empregados foram mantidos no quadro e que receberam aumento de salário. O STIU-DF informa que o quadro da CEB, já precarizado, foi reduzido com a implementação de um programa de demissão. Em 2020, no quadro da CEB haviam cerca de 850 trabalhadores, atualmente o número é de aproximadamente 570 profissionais.

O Sindicato alerta que a redução no número de trabalhadores compromete a qualidade no fornecimento de energia e no atendimento à população.

Embora seja positivo, o resultado financeiro da empresa se deu em detrimento da piora na prestação do serviço e na precarização da mão de obra.

*Com informações do Metrópoles.