A Associação dos Empregados da Eletrobras – AEEL  emitiu um nota que repudia com veemência qualquer tentativa de achincalhar o quadro de empregados da Eletrobras.

A associação analisou o edital de mobilidade interna das empresas Eletrobras para a Eletronuclear e teceu as seguintes considerações:

  • Trata-se de um processo que nos parece transparente e legítimo de interação entre as empresas em relação à alocação de mão de obra, com ampla legalidade e justificativa, e prática comum entre empresas do mesmo grupo econômico visando ampliar suas sinergias;
  • Todas as vagas são exclusivas para analistas, sem cargo gerencial, em posições de natureza técnica, laborando em temas relevantes tanto para a Eletronuclear quanto para a própria holding em relação ao momento atual (Governança, Compliance, Jurídico, Suprimentos, Econômico-Financeiro, Gestão de Pessoas e TI);
  • A cessão é por período limitado e deve cumprir todos os ritos formais entre as empresas, cabendo destacar que só é aplicável para empregados das empresas Eletrobras que possuem o mesmo plano de cargos e salários;
  • Não há nenhuma relação de causa e efeito de que este processo visa proteger “boquinhas” e apadrinhados políticos, cabendo destacar que esta retórica de cabide de empregos não encontra guarita, haja vista a qualidade dos empregados das empresas Eletrobras, a maioria oriunda de concurso público com ampla disputa;
  • Tratando-se de um grupo com mais de 12 mil empregados, as vagas técnicas para analistas na Eletronuclear perfaz apenas 12 empregados em apenas oito áreas, o que é cerca de 0,1% do total.

Basta dizer que a tamanha pirotecnia desta matéria em relação a um processo desta natureza, é eivada de preconceitos, imaturidade e lastreado por práticas que nos parece ser recorrentes de fake news.

As empresas Eletrobras são conhecidas, nacional e internacionalmente, pela sua excelência operacional, qualidade técnica, governança sólida e compromisso com o desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil desde meados do século XX. Se plotarmos as linhas de transmissão das empresas Eletrobras no mapa da Europa, por exemplo, seria o mesmo que interligar de Portugal até os confins da Rússia.

A AEEL segue vigilante na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras e jamais pactuaremos com alocação de apadrinhados políticos em nossas empresas!

Somos contra a privatização da Eletrobras, haja vista as inconstitucionalidades e conflitos de interesse que maculam o processo aos olhos da fraca Diretoria de Governança, Riscos e Conformidade da Eletrobras, e contra o “feirão de emendas” que foi visto na aprovação da matéria nas casas legislativas (um festival de jabutis!), contra a explosão tarifária decorrente da descotização, somos críticos em relação à má gestão do governo em relação à oferta de energia (haja vista o risco crescente de racionamento ainda em 2021 e as bandeiras vermelhas que solapam o orçamento das famílias).

Estamos do outro lado da trincheira na luta contra os retrocessos econômicos e civilizatórios impostos pelo trio Bento, Guedes e Bolsonaro à população brasileira.

E, por fim, estamos acompanhando o processo de mobilidade interna, para denunciar e prevenir qualquer tipo de apadrinhamento.

Reprodução do boletim da Associação dos Empregados da Eletrobras – AEEL