fnuFoi realizada na quinta-feira, dia 12 de maio, no Rio de Janeiro, a segunda rodada de negociação do ACT 2011 dos(as) trabalhadores(as) do Sistema Eletrobras. O resultado desta nova reunião foi decepcionante, pois não houve avanço em relação às discussões. Os prepostos da empresa negaram todas as cláusulas da nossa pauta, inclusive as econômicas, ou seja, estamos na estaca zero por conta da indiferença da Holding com as nossas reivindicações.
Essa postura na mesa de negociação mostra a real intenção da Holding nestas discussões: negar qualquer avanço, inclusive quanto à questão do ganho real, que foi uma conquista dos(as) trabalhadores(as) ao longo dos últimos anos.
Diante dessa conjuntura adversa, cabe aos(às) trabalhadores(as) arrancar um acordo justo com muita luta e mobilização. Por isso, estaremos realizando uma paralisação nacional no dia 23 de maio por 24 horas, mostrando toda nossa indignação e a insatisfação com os rumos das negociações até aqui. Em acordos passados já mostramos o quanto somos capazes de intensificar nossas lutas quando somos atacados em nossos direitos. Este é o momento de retomar com força total nossas mobilizações.
Afirmamos na mesa de negociação que os(as) trabalhadores(as) não vão pagar a conta de medidas impopulares provocadas pela pressão de setores conservadores, meios de comunicação, dentre outros, que tentam colocar a correção de salários e os gastos das empresas públicas como os responsáveis pela inflação. Esses argumentos foram usados e praticados amplamente pelo governo neoliberal do “inesquecível” FHC – o da década perdida –, mas ficou provado que salários não provocam inflação. Um exemplo disso é que, no período de quase 20 anos entre 1989 e 2008, a produtividade da indústria aumentou 84%, enquanto no mesmo espaço de tempo a renda média dos salários caiu 37 pontos.
Ora, o Governo Lula mostrou justamente o contrário: a aposta no aumento da massa salarial, das obras públicas e no fortalecimento das empresas estatais foi fator fundamental para que o Brasil superasse a crise mundial capitalista e esteja hoje entre as maiores economias do mundo.
Não vai ser agora, na continuidade de um governo popular e democrático, que ajudamos a eleger, que seremos punidos com a utilização de mecanismos neoliberais. Não aceitaremos também imposições meramente casuísticas do DEST, escudo que a Holding ainda usa para não atender as nossas reivindicações.
Os(as) trabalhadores(as) do Sistema Eletrobras e seus sindicatos, apesar da posição conservadora da Holding, ainda apostam no diálogo, desde que seja contemplada a nossa pauta de reivindicações, que em seu conteúdo reflete o desejo de continuidade das conquistas alcançadas no Governo Lula. Alertamos que qualquer retrocesso será repelido com todo vigor pelos(as) trabalhadores(as), tendo à frente o Coletivo Nacional dos Eletricitários. Vamos à luta!

Para intensificar a nossa organização, o CNE preparou o seguinte calendário de atividades

• 23/05- PARALISAÇÃO NACIONAL DE 24 HORAS
• 24/05- AÇÃO INSTITUCIONAL
• 25/05- REUNIÃO DE PREPARAÇÃO DO CNE PARA A 3ª RODADA DE NEGOCIAÇÃO

 


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