A História brasileira é recheada de canalhas e traidores da pátria, pessoas em cargos no governo que buscaram a todo custo relegar ao nosso país a condição de uma simples colônia de exploração, a serviço dos interesses privados e internacionais. O complexo de vira-lata como já disse o jornalista e dramaturgo, Nelson Rodrigues, está mais forte do que nunca nos tempos atuais, favorável aos vendilhões da nação. Um bom exemplo vem sendo dado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que buscando desqualificar a maior empresa de energia da América Latina, a Eletrobras, afirmou que: “A Eletrobras está condenada a desaparecer no tempo se não for repassada a iniciativa privada… a luz vai apagar”.

É preciso dizer ao ministro Paulo Guedes, que a Eletrobras é uma empresa altamente qualificada, um dos orgulhos do nosso país. Constituída por trabalhadores capacitados, capazes até mesmo de executarem projetos vultosos fora do Brasil. Em nosso território tem um papel estratégico para o crescimento econômico e social. Foi assim no ciclo de desenvolvimento durante os governos de Lula e Dilma, quando as regiões Norte e Nordeste tiveram suporte para um crescimento vigoroso, maior que a média do país. Esses investimentos geraram renda e justiça social, como no caso do programa Luz Para Todos, ao levar energia para o Brasil profundo. Onde jamais as empresas privadas de energia tiveram a iniciativa de atuar, por pensarem somente em lucro.

O ministro Paulo Guedes, incapaz de criar condições para o crescimento da nossa economia, pela incompetência já conhecida desde os tempos quando atuava nos mercados de capitais, agora se acha no direito de atacar a Eletrobras e seus empregados. Para as entidades sindicais essa é uma estratégia já conhecida, adotada pelo presidente Pinto Júnior, de desqualificação e sucateamento da empresa para assim ganhar apoio da sociedade, e reduzir seu valor junto aos investidores internacionais, depreciando o seu real valor no mercado.

Os trabalhadores e as trabalhadoras, assim como a sociedade brasileira querem na verdade soluções do ministro Paulo Guedes sobre questões urgentes, como a redução do desemprego de quase 13 milhões de brasileiros, o crescimento econômico prometido e que até agora não há nem sinal, os cortes nas verbas para educação, pesquisa científica e na cultura, a sua política de desvalorização do salário mínimo, dentre outros pontos fundamentais para a o Povo brasileiro. E não conversa fiada e discurso favorável para o multibilionário Jorge Paulo Lemann, que já tem seus tentáculos dentro da Eletrobras, por meio da diretoria financeira.

Os empregados e as empregadas do Sistema Eletrobras, bem como o CNE e as entidades sindicais, repudiam as afirmações caluniosas do ministro Paulo Guedes, por entenderem que o mesmo não possui condições morais e nem mesmo técnicas de atacar uma empresa referência para a população brasileira. E reafirmam seu compromisso de continuarem na luta em defesa de uma empresa estratégica para a soberania nacional do Brasil. Chega de mentiras! A Eletrobras é do Povo Brasileiro!

CNE 30/09/2019