A contragosto, a categoria de Furnas em Brasília aprovou nesta terça-feira (01) a proposta definida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para o ACT 2019/20. As trabalhadoras e trabalhadores em Gurupi e Serra da Mesa seguiram o mesmo encaminhamento. Também foi aprovada proposta de paralisação no próximo dia 7, caso não seja definida até lá a data de pagamento da PLR.

Ao aprovar a proposta com pontos muito ruins, a categoria, extremamente insatisfeita, levou em consideração o momento bastante delicado que está passando Furnas e outras subsidiárias da Eletrobras, com sucateamento dessas empresas e demissões de trabalhadores devido ao processo de privatização que está colocado pelo governo Bolsonaro.

O dirigente sindical do STIU-DF, David oliveira, destacou que a proposta está muito longe de atender as reivindicações dos trabalhadores. Além disso, alertou que essa política de desmonte do serviço público e do setor elétrico brasileiro levará o País ao colapso.

“Essa política de desmonte do setor elétrico vai retirar da Eletrobras profissionais com anos e até décadas de conhecimentos acumulados na empresa. É uma política míope que está visando atender os interesses do mercado para que a empresa seja privatizada”, disse David.

Proposta do TST

O reajuste no salário e benefícios financeiros será de 70% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no acumulado de 01/05/2018 a 30/04/2019, com pagamento retroativo a primeiro de maio deste ano.

O vice-presidente do TST, ministro Renato de Lacerda Paiva, acatou proposta da direção da empresa e manteve no acordo planos de desligamentos voluntários (PDV) parecidos ao de 2019.

Pela proposta, a cláusula 7ª (mecanismo de restrição à dispensa imotivada) fica mantida no ACT só até 31/12/2019. De 01/01/2020 a 30/04/2020 essa política de desmonte da empresa impactará na vida de 12.500 empregados efetivos. A partir de 01/05/2020 até 30/04/2021, sobre 12.088 empregados