CEBForam quatro dias de paralisação em que a união, a responsabilidade e a disposição de luta dos trabalhadores da GRMR, GRMS, GRPV e GRMF se somaram à indignação com o descaso e a insensibilidade da CEB em não promover a renovação dos acordos de redução de jornada, transformando-se no principal combustível para o avanço das negociações e prevalecimento do bom senso. A proposta aprovada no fim da tarde do último dia 8/04 garante a manutenção do horário reduzido para os trabalhadores da GRMF e GRPV, além da implementação do turno de revezamento na GRMR e GRMS, nos moldes do que já é praticado na área de operação.
Nos próximos dias, o STIU-DF estará tratando com a empresa da formalização dos respectivos acordos de alteração do horário, que contemplarão também alguns trabalhadores de atividades específicas da área de manutenção de redes.
Ao parabenizar os companheiros que, mesmo sob sol, chuva e muita pressão, se mantiveram firmes no movimento grevista e na luta em defesa do horário reduzido desde novembro do ano passado, o Sindicato avalia que não houve vencidos nesse processo. Ganharam a população do DF, a CEB e os trabalhadores. Mais uma vez, perdeu a intransigência.

 

Categoria reage aos ataques da ANEEL e do ministro Lobão, mas não “passa recibo” à má gestão

Com o tradicional “abraço” à empresa realizado no último dia 29/03 (foto), os trabalhadores da CEB demonstraram mais uma vez a sua maturidade política e responsabilidade com a população e com a qualidade do serviço público de fornecimento de energia no Distrito Federal. Antes do “abraço”, que foi o momento mais importante do ato em defesa da CEB convocado pelo STIU-DF, os dirigentes sindicais e lideranças de base se revezaram nas falações defendendo a nossa empresa contra os ataques covardes de Lobão e as perseguições da Aneel – dentro de sua lógica privatista, a Agência não tem feito outra coisa nos últimos dias a não ser multar a CEB.
A má gestão da empresa durante os governos Roriz e Arruda também foi duramente atacada pelos oradores; nessas desastrosas administrações, a CEB conheceu a pior crise de sua história, com endividamento nas alturas, deterioração administrativa e sucateamento do sistema elétrico de subtransmissão e distribuição. Essa, aliás, é a verdadeira causa dos apagões ocorridos nos últimos dias, denunciada numerosas vezes pelo STIU-DF e pela categoria.
Para nós, trabalhadores e trabalhadoras da CEB, não é novidade o que recentemente a imprensa divulgou sobre Corumbá IV, obra que está na raiz de todas as dificuldades hoje impostas à distribuidora e ao sistema elétrico do DF. Porém, faltou menção a Corumbá III, onde o governo Arruda, a despeito da enorme demanda por obras na subtransmissão, aportou mais de R$ 30 milhões desde 2007. Só para exemplificar, se esses recursos tivessem sido aplicados na construção da LD Samambaia-Brasília Norte – obra prevista para ser entregue em dezembro de 2008, mas que nunca saiu do projeto –, a interrupção do último dia 16/03, que deixou mais de 30% da cidade sem energia, poderia ter sido evitada.
Por tudo isso é que manifestações como o “abraço” à CEB soam como um alento para quem defende a empresa pública e a finalidade pública de sua atividade econômica. Foi unânime ali uma certeza: sob uma gestão séria e comprometida, a CEB pode voltar a ser uma das melhores concessionárias do Brasil, como o foi em 1996.

 

 

Faceb – Conselhos Fiscal e Deliberativo não aprovam contas de 2009

O Conselho Deliberativo da Faceb, reunido no último dia 23/03, decidiu não aprovar as contas da Fundação referentes ao exercício de 2009. O motivo alegado pelos conselheiros foi a ausência do Parecer do Conselho Fiscal, que, acertadamente, somente se posicionará acerca da situação contábil e financeira da Faceb após a realização de auditoria independente sobre as movimentações dos investimentos a partir de janeiro de 2009.
Pesou na decisão dos conselheiros fiscais o envolvimento do ex-presidente da Fundação, Sr. Haroaldo Brasil de Carvalho, com os fatos investigados pela Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal. Na mesma reunião, o Conselho Deliberativo aprovou a contratação de empresa de auditoria, a ser encaminhada pela Diretoria Executiva da Faceb por meio de coleta de propostas. O prazo máximo estabelecido para a execução dos serviços foi de 30 dias.


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