Nos últimos meses, não há um só dia que representantes da Oracle, empresa de informática que desenvolveu o Evoluz, não pressionem pela agilização do processo licitatório visando à contratação de serviços de melhoria (o chamado up grade) neste programa, adquirido pela CEB em 2000.
Depois de vencer a queda-de-braço com a SAP – empresa que oferece um programa similar e amplamente utilizado pelas distribuidoras de energia elétrica – a Oracle quer logo começar a faturar os mais de R$ 7,5 milhões fixados como custo da atualização do Evoluz.
O gestor da Superintendência de Informática (STI) parece convencido de que esse é o melhor negócio para a CEB. A diretoria da empresa também. Mas, será mesmo?
Os empregados da CEB, que lidam diretamente com o Evoluz, conhecem bem os problemas e as limitações deste sistema. Sabem também como ele foi praticamente imposto pela diretoria da época. Agora que, por exigências da Aneel, abre-se a possibilidade de a CEB substituí-lo, novamente surge o lobby pró-Oracle.
É no mínimo estranho que a CEB insista em gastar mais dinheiro num programa complicado como o Evoluz, que não é consenso nem entre os usuários internos nem nas empresas do setor elétrico, em que mais de 80% do mercado trabalha com o sistema SAP.
O Sindicato está acompanhando de perto esse processo. Se houver indícios de “gatunagem” com dinheiro público, denunciará imediatamente os responsáveis aos órgãos competentes. Está avisado.
Maioria dos trabalhadores receberá acima de 3,5% de reajuste
O enquadramento salarial, a ser efetivado no pagamento de março/2010, garantirá a 76% dos trabalhadores da CEB um reajuste superior a 3,5%. Dádiva? Não. É o resultado da nossa luta na campanha salarial de 2009, que conseguiu manter em nossos salários os 2% antecipados em março do ano passado. Esse índice, aplicado sobre os vencimentos já atualizados na nova tabela salarial, acabou proporcionando um ganho maior para os trabalhadores e as trabalhadoras da CEB. O maior índice ficou na casa de 5,04%. Vale lembrar que o enquadramento “cego” é automático. Trata-se de posicionar os salários atuais na referência imediatamente superior da nova tabela, observando-se, no caso, a incidência dos 2% garantidos no ACT.
Sindicato reúne com gestor da SOE
Na última terça-feira, 2/03, dirigentes do STIU-DF estiveram reunidos com o gestor executivo da Superintendência de Operação (SOE) para tratar de demandas dos trabalhadores da área de serviços. Entre os pontos discutidos está a nova regra para troca de horários. A SOE entende que só é possível permutas no mesmo dia e aos sábados. O Sindicato e os trabalhadores têm outro posicionamento. Diante do impasse, o Eng.º Marcelo Meloni comprometeu-se a levar essa reivindicação para ser debatida em nível de diretoria. Nova reunião será marcada visando à construção de um acordo sobre o tema.