CEBO negócio que poderia significar a redenção econômica e financeira da CEB Distribuição e da grande alavanca para o cumprimento da agenda de investimentos até 2012, ano em que a Companhia pleiteará junto à Aneel a renovação da concessão, pode se transformar em mais um golpe imobiliário no Distrito Federal, para regozijo e farra de empresários que há anos lucram com a especulação e a mudança de destinação de terras públicas.
Foi tudo muito rápido. A abertura das propostas de compra estava marcada para o dia 2/12/2010. No dia 13/11, a diretoria da CEB recebeu carta do governador em exercício, Paulo Octávio, informando que a Terracap, pela “sua responsabilidade na gestão do desenvolvimento” da capital, deveria adquirir o referido terreno. Paulo Octávio utilizou ainda o falso argumento de que a Terracap é proprietária de outro terreno, contíguo ao da CEB, de aproximadamente 150.000 m2, o que, na sua avaliação, imporia a necessidade de planejamento integrado da ocupação de toda a área. Na verdade, o citado terreno não pertence à Terracap, mas ao GDF, e é destinado a futuras instalações da Polícia Militar.
No dia 19/11, pressionada pelo vice-governador, a Companhia Imobiliária encaminhou à CEB proposta de compra direta do imóvel, oferecendo o valor mínimo de R$ 274,4 milhões, em quatro parcelas. Por fim, em 24/11, a CEB baixou a Resolução de Diretoria n.º 271/2009, suspendendo a licitação. Registra-se que cinco empresas já haviam adquirido o edital.
Essa temerária decisão da diretoria da CEB aguarda ainda o gesto final – a aceitação da proposta apresentada pela Terracap. Se isso ocorrer, poderá se materializar um dos maiores prejuízos já sofridos pela CEB, pois, com a interferência mentirosa de Paulo Octávio no processo, ficou claro o interesse político e de especuladores pela área, que pode simplesmente dobrar de preço se houver mudança na sua destinação.
O Sindicato e a categoria estão de olho e não aceitarão, em hipótese alguma, que se concretize mais esse golpe contra a nossa empresa e contra a população do DF.

 

Sindicato cobra reunião sobre o PCCS

O STIU-DF encaminhou carta à CEB solicitando reunião com o presidente para tratar do PCCS. A cláusula 6.ª do ACT vigente estabelece que a empresa deve implementar no pagamento de março de 2010 o enquadramento salarial, garantindo, no mínimo, 2% para cada trabalhador. Ocorre que o STIU-DF e a categoria querem saber como isso será feito e como se dará a progressão salarial a partir dessa medida.
O Sindicato estará dando os informes sobre as discussões. Se necessário, convocará assembleia geral para que a categoria avalie os encaminhamentos e delibere sobre o assunto.

 

Tentativa de suborno, bilhete e grampo tornam insustentável a permanência de Arruda no GDF

Os últimos acontecimentos envolvendo o governador José Roberto Arruda não deixam dúvidas de que a sua permanência no GDF é absolutamente insustentável. A teimosia de Arruda em não renunciar ao mandato aumenta a agonia da população, que a cada momento é tomada de perplexidade com novos escândalos e vídeos imorais.
O que se espera é que o Ministério Público peça urgentemente o afastamento e a prisão do governador, e que a Justiça conceda os pedidos. Só essas medidas poderiam minimizar os efeitos da intranquilidade e da extrema indignação vividas pelos cidadãos do Distrito Federal.


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