No dia 25 de junho, a Intersindical ONS, representada pelo dirigente Neyl Soares, participou da 22ª Reunião Pública Ordinária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na qual foi feita uma sustentação oral para a aprovação do Orçamento Trienal do Operador Nacional do Sistema Elétrico para o ciclo de janeiro de 2019 a dezembro de 2021.
Na ocasião, o representante da Intersindical manifestou preocupação com os possíveis desdobramentos, caso o referido orçamento não viesse a ser aprovado e ressaltou “que o único patrimônio, ativo, do Operador são seus empregados, um corpo técnico de destacado preparo e experiência, com reconhecimento nacional e internacional”.
“É por meio do corpo de seus funcionários que o ONS tem alcançando expressivo reconhecimento no desempenho das atividades sob sua responsabilidade no tocante ao Sistema Interligado Nacional, de maneira que ele [SIN] seja operado com eficiência, segurança e confiabilidade. “Dessa forma, os funcionários do ONS têm contribuído imensamente para a modicidade tarifária no Brasil”, declarou Soares.
O corte
Dada a situação salarial do ONS, a Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF) propôs, em abril/19, um corte de R$ 232 milhões no orçamento do ONS, exclusivamente no custo de pessoal, para o triênio 2019-2021, fato que pode trazer serias consequências aos profissionais do ONS, com riscos até mesmo de demissões em função da perda de receita, o que poderá acarretar graves problemas quanto à qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Operador.
O voto proferido pela ANEEL, no dia 25 de junho de 2019, aprovou o orçamento do ONS e alterou o corte para R$ 84,795 milhões. Tal valor corresponde ao número de funcionários que estão acima de 120% da faixa salarial. Conforme o diretor da ANEEL, Sandoval de Araújo Feitosa Neto, esse valor será coberto pelos agentes associados do ONS.
O representante da Intersindical finalizou enfatizando que as entidades sindicais são contrarias a qualquer corte e manifestando que a Intersindical fará todos os esforços necessários e tomará as decisões cabíveis na defesa da manutenção dos empregos e salários dos funcionários do ONS.
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