Aumentou o número de jovens entre 18 e 24 anos que estão contribuindo menos para a Previdência Social. Segundo levantamento feito pela consultoria iDados e divulgados ontem (22) na coluna do jornalista Ancelmo Gois, do Globo, a o percentual de jovens nessa faixa etária que recolhe para o INSS ou para o regime previdenciário dos servidores (RGPS) caiu de 36,5%, em 2012, para 28,9% em 2018.

“O alto índice de desemprego, que aflige principalmente aos jovens, é um dos fatores que explicam o déficit na Previdência Social. Isso se considerarmos apenas as contribuições dos trabalhadores e empregadores, porque a seguridade social tem outras receitas que não são computadas. E como o governo não tem competência para gerar empregos, o déficit só tende a aumentar”, avalia o dirigente sindical do STIU-DF, Victor Frota.

Além do desemprego, outros fatores que impactam na receita da Seguridade Social são as desonerações, as dívidas de empresários que não pagam à Previdência e as Desvinculações das Receitas da União (DRU), quando o governo retira até 30% dos recursos da área.

Em março, o desemprego voltou a subir e o número de pessoas sem trabalho passa de 28 milhões. É o maior da série histórica calculada pelo IBGE. Pelo menos 5,2 milhões de desempregados procuram trabalho há mais de 1 ano.

Segundo a economista e doutora em desenvolvimento econômico pela Unicam, Marilane Teixeira, foi um grande equívoco acreditar que a reforma trabalhista pudesse gerar empregos. Confira a entrevista