Após um ano e meio da reforma trabalhista, o resultado é pífio e número de pessoas sem trabalho bate record, impactando na receita da Previdência Social. Mas o discurso catastrófico do governo Bolsonaro é o mesmo: se as mudanças previdenciárias não forem feitas (antes era a reforma trabalhista) o país não vai gerar empregos e a economia vai quebrar.

A economista Marilane Teixeira, que é doutora em desenvolvimento econômico pela Unicamp, discorda do diagnóstico do governo e apresenta outras soluções. Segundo ela, o que deu errado na reforma trabalhista foi acreditar que ela pudesse gerar empregos.

“Isso é absolutamente impossível, porque o que gera empregos é a retomada da atividade econômica com investimentos públicos e privados no setor produtivo. Mas se vendeu na ocasião que a economia iria se recuperar e os empregos retomariam se fosse aprovada. Exatamente como estão fazendo agora com a reforma da Previdência”, aponta Marilane.