No dia 06/11, o Conselho Deliberativo da Faceb aprovou o equacionamento mínimo do déficit de 2017 e o saldamento do plano BD em 2019. A decisão, que ficou empatada com os votos contrários dos representantes eleitos, mas obteve o voto de qualidade da presidente do Conselho, atende aos interesses da CEB e coloca em risco o benefício vitalício dos participantes e assistidos do plano.

A proposta de saldamento do Plano BD sempre foi contestada pelo STIU-DF, pois além de aumentar o risco de déficit com a eventual divisão dos participantes e assistidos em dois planos, ameaça os aposentados e pensionistas de menor renda com a precarização do benefício e fim da vitaliciedade.

Em reunião de negociação realizada no mês de setembro/2018, que contou com a presença dos consultores da empresa Mercer (Antônio Gazzoni e Frederico Schulz) e da vice-presidente da Anapar (Cláudia Ricaldoni), o Sindicato havia proposto a preservação do plano BD com o equacionamento de 50% do déficit de 2017, enxugamento dos benefícios do plano em 2019 e um maior critério na definição das premissas do plano em 2018, evitando agravamentos desnecessários nesse momento.

Porém, apesar da boa aceitação na reunião, o que se viu depois foi a desconstrução completa da proposta e o ataque totalmente enviesado de quem defende única e exclusivamente os interesses da patrocinadora CEB. Aliás, as apresentações da Faceb sobre o déficit do plano BD há tempos obedecem a esse padrão de convencimento e pregação, abstendo-se de esclarecer objetivamente os participantes e assistidos sobre todos os aspectos que envolvem saldamento e migração de plano. O principal ponto omitido é exatamente o quanto essa medida favorece econômica e financeiramente a empresa.
Mas o teatro criado pela CEB e pelo presidente da Faceb de “ouvir o Sindicato antes de qualquer definição sobre o tema” foi além.

Apesar de sempre afirmarem que o importante é a liberdade de escolha dos trabalhadores e aposentados, o GDF, ao deliberar sobre a matéria em 19/11/2018, orientou a empresa a promover estudos após as mudanças e eventuais migrações para o “saldado” ou CEBPREV, visando à retirada de patrocínio do plano BD, o que jogaria pressão contra aqueles que optarem pela permanência no plano. Liberdade?

Diante desse quadro de completo desrespeito e ameaça aos direitos dos participantes e assistidos do plano BD, o STIU-DF enviou carta ao presidente da CEB reforçando que continuará buscando, por todos os meios possíveis e necessários, a preservação do plano, a responsabilidade da empresa pelo seu equilíbrio e a garantia do benefício vitalício aos trabalhadores, aposentados e pensionistas da empresa. Medidas judiciais já estão sendo analisadas e, em breve, o Sindicato convocará assembleia de mobilização e informes.

É hora de lutar e resistir!

CEB 26/2018