O dirigente sindical do STIU-DF, Alairton Gomes, foi entrevistado pelo Jornal de Brasília nesta segunda-feira (15) para falar sobre o alto índice de acidentes de trabalho no DF. Segundo a matéria, oito trabalhadores se machucam todos os dias.

De 2012 a 2017 foram registrados mais de 35 mil acidentes de trabalho no DF. Destes, 158 trabalhadores perderam a vida.

É importante ressaltar que o setor elétrico é uma das atividades profissionais mais perigosas do mundo. Segundo a Fundação Coge, de cada dez eletricitários que perdem a vida oito trabalham para empresas terceirizadas. Com o objetivo de alertar a sociedade e a categoria sobre esse grave problema, o STIU-DF elaborou um vídeo didático apontando os sérios prejuízos da terceirização.

Alairton lembrou que a terceirização irrestrita é a principal responsável pelo alto índice de acidentes com morte no setor elétrico. “As empresas não dão o devido treinamento aos trabalhadores. Trabalhar com a CEB é atuar na área de risco. O contrato das terceirizadas parece ser mais flexibilizado, dando a impressão de que contratam pessoas que não têm o conhecimento necessário para trabalhar ali”, declarou ao periódico.

O dirigente lembrou ainda que a entidade sindical bate muito na questão da terceirização. “Trabalhar com energia elétrica não pode haver erro. Os empregados precisam de EPI, luva, capacete, uniforme correto, botas. Tudo isso vai minimizar o risco de acidentes”, acrescenta, quando choques e explosões são muito comuns na função.

No dia primeiro de setembro passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a contratação de mão de obra terceirizada em todas as áreas, inclusive no serviço público. Seja na administração direta, autarquias ou empresas públicas.