Confirmado por Temer para assumir o Ministério de Minas e Energia (MME) neste domingo (8), o nome de Moreira Franco (MDB-RJ) parece não ter sido bem recebido por setores do mercado que defendem a privatização. Não por isto, mas Moreira Franco é acusado por delatores da Odebrecht de receber R$ 3 milhões em propina.

Por outro lado, antes de ser nomeado em julho do ano passado ao cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência para obter foro privilegiado, Moreira Franco presidiu o Programa de Parcerias de Investimentos, uma espécie de Parceria Público Privado (PPP), onde já se visava a entrega de prestação de serviços públicos à iniciativa privada.

Desde que Moreira Franco foi cogitado para assumir o MME, na sexta-feira (6) passada, as ações da maior empresa de energia elétrica da América Latina, a Eletrobras, vem caindo. No entanto, o sobe e desce nas bolsas de valores parece ser mais uma jogada especulativa para fomentar o mercado com a compra e venda de ações.

Corrupção

Em 2016, o ex-vice-presidente da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, em depoimento à Polícia, disse ter pago R$ 3 milhões em propina e não doação eleitoral para que Moreira Franco cancelasse a construção do aeroporto Caieiras, que de fato não saiu do papel.

A obra não foi a diante porque, segundo o delator, faria concorrência com os aeroportos de Cumbica (Guarulhos), Galeão (Rio) e Viracopos (Campinas).