Em julho de 2017, o Ministério de Minas e Energia anuncia as Consultas Públicas 32, 33 e 34 com prazo de 30 dias para contribuição. Apesar das solicitações de prorrogação por parte das entidades sindicais, de associações do setor e de políticos que estão apoiando a luta contra a privatização, o governo não prorrogou e em agosto de 2017, o MME anuncia que pretende encaminhar o projeto de privatização da Eletrobras até outubro ao Congresso.

Os eletricitários de todo o País se mobilizam e em agosto iniciam as audiências na Câmara sobre as consultas públicas. Também iniciamos campanha de mídia abordando as inconstitucionalidades da proposta ventilada pelo governo.

Logo em seguida, em setembro, iniciamos as audiências e seminários nos estados, mobilizando ainda mais a categoria e ganhando espaço na sociedade.

Outubro chega e o projeto não. Naquele mês o governo anuncia que o projeto de privatização chegaria ao Congresso até o fim de novembro, por meio de medida provisória.

A Campanha Energia não É Mercadoria intensifica o mote do aumento na tarifa de energia, principal efeito da privatização para a sociedade. Com isso, a campanha ganha entidades parceiras na luta e aumenta a dúvida entre os parlamentares.

Ao final de novembro, dia 29, a categoria eletricitária de Brasília deu um show de mobilização e lotou a Câmara Federal em duas importantes atividades que juntaram parlamentares da oposição e da base do governo, mostrando a força do nosso movimento contra a privatização da Eletrobras.

Conseguimos ainda a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que garante a privatização só mediante referendo popular.

O instituto Datafolha divulga em dezembro pesquisa apontando que 70% da população são contra a privatização da Eletrobras. Cresce a resistência entre os parlamentares.

Inicia processo de coleta das assinaturas para votar o referendo popular com urgência no Plenário da Câmara. Conseguimos ainda as assinaturas para a instauração da CPI no Senado. Essas duas ferramentas são essenciais para dar visibilidade à luta contra a privatização.

No final de dezembro o governo edita a MP 814, que trata da privatização das Distribuidoras e coloca as geradoras e transmissoras no PND.

Chega janeiro e no dia 21 é enviado o PL 9463, que trata da privatização da Eletrobras, antes mesmo do retorno das atividades parlamentares. Mais uma vez, a categoria eletricitária de Brasília dá um show de mobilização.

No dia 08 conseguimos evitar a AGE 170 presencial e criamos fatos para anulá-la judicialmente.

No dia 21 de fevereiro as trabalhadoras e trabalhadores lotam a atividade em Defesa das Distribuidoras e do ato político do referendo, deixando o governo em polvoroso com a visibilidade dada à Campanha Energia Não É Mercadoria.

Ganhamos parceiros nessa luta, aumentamos o número de parlamentares contrários, ganhamos visibilidade na mídia. Para cada ação do governo houve uma reação do movimento eletricitário.

Para cada mentira inventada reagimos colocando os dados reais. Cada um de nós, cada clique no facebook, cada ligação a um gabinete, cada ida ao Congresso, cada post no twitter incomoda e muito quem quer entregar nossa empresa nas mãos do Deus mercado.

Continuemos assim, firmes e fortes, coerentes e concisos. Se dois meses viraram sete, façamos virar dez, um ano, uma década.

#Energia não é mercadoria

Jornal Energia Alerta