As principais centrais sindicais do País (CUT, CSP-Conlutas, Nova Central, UGT, Força Sindical, CSB, Intersindical e CGTB) preparam nova greve geral para a próxima semana, dia 5 de dezembro. A data foi definida em função da votação da proposta de reforma da Previdência que está prevista para ocorrer na Câmara dos Deputados no dia 6.

Em abril deste ano, cerca de 40 milhões de trabalhadoras e trabalhadores em todo o País paralisaram as atividades em protesto a agenda de reformas de Temer. Foi a maior greve geral da história.

Ao contrário do que vem anunciando a propaganda do governo em relação à reforma da Previdência, os privilégios não vão acabar. Isso porque as altas aposentadorias continuarão a existir como a dos próprios parlamentares.

Por outro lado, os trabalhadores terão que trabalhar por mais tempo e receber menos. Isso porque para se aposentar com o salário base integral, homens e mulheres terão que contribuir por 40 anos, se a proposta for aprovada. Hoje, o tempo de contribuição para eles é de 35 anos e para elas, 30.

Em relação à idade, as mulheres terão outros prejuízos. Hoje, a idade mínima para se aposentar com salário base integral é de 60 anos e vai passar, se a proposta for aprovada, para 62. No caso dos homens, a idade continua a mesma, 65 anos.

A proposta de reforma da Previdência vem casada com outras reformas, como a trabalhista, a terceirização irrestrita, as privatizações e a PEC que congelou investimentos na saúde e educação por 20 anos.

A agenda reformista do governo de Michel Temer é uma forma de aliviar o orçamento da União para direcionar os recursos de todo o povo brasileiro para o pagamento da dívida pública a banqueiros, assim como viabiliza a liberação de mais verbas de publicidade para a mídia e possibilita mais financiamentos a ruralistas e empresários.

“As reformas de Temer estão retirando uma série de direitos da classe trabalhadora, assim como estão inviabilizando inúmeros investimentos sociais. O momento é de mobilização dos trabalhadores, por isso essa nova greve geral é muito importante. Precisamos reagir e a reação só será possível com a participação de todos”, avalia o diretor do STIU-DF, Ernane Alencar.