As trabalhadoras e trabalhadores da CEB que permaneceram em grande estado de mobilização e unidade ao longo de dez dias, tempo que durou a paralisação, decidiram pôr fim a greve nesta quinta-feira (16) ao aprovar a proposta construída pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10) e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Após a assembleia, retornaram ao trabalho.

O STIU-DF parabeniza a todas as trabalhadoras e trabalhadores pela participação e unidade em mais essa difícil Data-Base, onde ficou evidente o grande espírito de luta e vontade da categoria em seguir firme no propósito de conseguir a vitória.

Embora a contraproposta estivesse muito longe do que estava sendo solicitado na pauta de reivindicações, a categoria entendeu que a proposta construída pelo TRT10 e o MPT na terça-feira passada (14)  havia chegado ao seu limite e por isso decidiu pela aprovação.

No entanto, ao longo da Campanha Salarial, ficou claro que a paciência dos trabalhadores também chegou ao seu limite. Principalmente após as declarações infelizes do secretário da Casa Civil do GDF, Sérgio Almeida, e do presidente da CEB, Lener Silva, chamando a categoria de “oportunista”.

Os trabalhadores também estão cansados de só ter que compreender a situação da empresa. Ainda mais diante da imensa contradição: oferecer reajuste de apenas 1,8% aos trabalhadores, enquanto os diretores receberam aumento salarial em mais de 35% e o presidente da CEB em mais de 41%.

Além disso, nas negociações passadas, a diretoria sempre dizia que nas próximas Datas-Bases haveria recomposição justa de salário, o que não ocorreu.

A entidade sindical e a categoria também continuarão lutando pela isonomia entre os trabalhadores. O Sindicato entende que já passou da hora de corrigir as distorções criadas pela Lei 12.740/12, que definiu o pagamento da periculosidade sobre o salário base e não mais em relação à totalidade da remuneração.

Proposta aprovada

O tíquete passou de R$ 1.060,84 para R$ 1,3 mil, com o mesmo valor para o tíquete natalino. Além disso, a categoria ganhou abono que será dividido em três parcelas iguais de R$ 1,3 mil, sendo pagas em tíquetes no mês de dezembro de 2017 e janeiro e junho de 2018. Ainda o reajuste linear para toda a categoria no valor de R$ 140,96, referente à inflação com base no índice INPC do período novembro de 2016 a outubro de 2017.

Todas as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2016/17 estão mantidas. Em relação aos dias parados, metade dos dias úteis será abonada e a outra, compensada.