As trabalhadoras e trabalhadores da CEB rejeitaram no fim da manhã desta sexta-feira (10) a nova contraproposta apresentada pela empresa. A categoria também decidiu, por ampla maioria, manter a paralisação por tempo indeterminado.

 A categoria reivindica a recomposição salarial da inflação pelo índice INPC nos anos 2015, 16 e 17, abono, o ticket natalino e melhorias no plano de saúde. Veja toda a pauta de reivindicações

Na nova contraproposta a empresa ofereceu reajuste salarial de R$ 142,74 para todos os empregados, acréscimo de R$ 157,26 no ticket alimentação e três talões de tickets extras.

A princípio, a CEB apresentou como contraproposta reajustes escalonados em percentuais que variavam de 60%, 40% e 30% do INPC, de penas 1,8%, conforme a remuneração de cada trabalhador. Rejeitada, a empresa apresentou nova contraproposta oferecendo 1,8% de reajuste, que foi novamente reprovada por unanimidade pela categoria. Se quer houve abstenção.

Chuvas

Por causa das interrupções na rede elétrica em função das chuvas e em solidariedade à população, que vem sofrendo com a queda de energia, os trabalhadores vão aumentar o efetivo de equipes nas ruas para reduzir a quantidade de ocorrências e consequentemente amenizar os prejuízos à sociedade. Isso sem determinação judicial.

É importante ressaltar que o início da paralisação na segunda-feira (6) não foi um ato de oportunismo em função das chuvas, como cogitaram alguns comentaristas mal intencionados. A bem da verdade, todas as Datas-Bases da categoria iniciam em primeiro de novembro, como reconheceu a Justiça.

Também vale destacar que a paralisação das atividades é o último recurso que os trabalhadores da CEB têm para reivindicar melhores condições de trabalho e, consequentemente, prestar serviços de qualidade à população do DF.

Antes da paralisação, a CEB tinha um dos melhores indicadores de desempenho entre as distribuidoras de energia do Brasil, segundo a própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).