Em nova assembleia realizada nesta quarta-feira (08), as trabalhadoras e trabalhadores da CEB decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado, que começou na segunda-feira passada. A categoria reivindica a recomposição salarial da inflação pelo índice INPC nos anos 2015, 16 e 17, abono, o ticket natalino e melhorias no plano de saúde. Veja a pauta de reivindicações

A categoria também aprovou a realização de uma nova assembleia na próxima sexta-feira (10), que pode ser informativa ou até deliberativa, caso a empresa apresente uma nova contraproposta.

Paralelo as negociações com a diretoria da CEB, os dirigentes sindicais do STIU-DF também articulam junto ao GDF a possibilidade de melhor atender o pleito reivindicado pela categoria.

Inicialmente, a CEB apresentou como contraproposta reajustes escalonados em percentuais que variavam de 60%, 40% e 30% do INPC, estimado em apenas 2%, conforme a remuneração de cada trabalhador. Rejeitada, a empresa apresentou nova contraproposta oferecendo os 2%, que foi reprovada novamente por unanimidade pela categoria. Se quer houve abstenção.

Decisão judicial

Em resposta ao protesto judicial acionado pelo STIU-DF, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região reconheceu nesta segunda-feira (06) a legitimidade da Data-Base da categoria na CEB no período de primeiro de novembro.

De acordo com o TRT, “os documentos que instruem o feito comprovam a legitimidade do autor, bem como as atas das reuniões de negociação ocorridas em outubro”, sentencia. “Revelam ainda que até o presente momento as partes ainda não chegaram a um consenso sobre os termos do ACT 2017/18, que irá substituir o instrumento coletivo, cuja vigência expirou em 31/10/17”.

Nesse sentido, a decisão da Justiça aponta que as negociações e a paralisação estão em conformidade com a legislação. Diante disso, a entidade sindical repudia as declarações do comentarista Cláudio Humberto, que se referiu ao movimento paredista como “molecagem”, querendo colocar, de forma dissimulada, a população contra o direito legítimo das trabalhadoras e trabalhadores da CEB.

O comentarista afirma ainda, de forma equivocada, que “os grevistas sabiam das chuvas” e que por isso teriam deflagrado a paralisação. Talvez por desconhecimento, fez o comentário falso e infeliz. Isso porque todas as Datas-Bases da categoria acontecem exatamente no período de primeiro de novembro, como reconheceu o TRT.