Participações já representam 29% da geração de caixa da companhia

A Cemig pode vir a anunciar uma nova aquisição de porte antes do fim do ano. A informação é do diretor de Relações com Investidores, Luiz Fernando Rolla, que participou de teleconferência com analistas nesta terça-feira, 16 de setembro. “Estamos um sem número de negociações em andamento e quando forem concluídas serão anunciadas”, afirmou o executivo. De acordo com o diretor, a aposta em aquisições de ativos se deve ao “ousado” plano diretor de longo prazo, que prevê em 2020, uma participação de 20% em todos os segmentos do setor elétrico.

A empresa está atrás de ativos que tragam sinergia aos negócios e agregue valor aos acionistas. “A dimensão dos ativos não é importante e sim a captura de sinergias”, disse Rolla, admitindo que os novos ativos não terão o impacto da Taesa e Light no resultado da companhia. No caso da empresa fluminense, a Cemig deve iniciar, em breve, o processo de aquisição da Redentor Energia, que detém a participação de 13,03% da Equatorial. “Dependemos dos avais de BNDES e Aneel para conclusão do negócio”, disse o executivo, lembrando da necessidade ainda de uma Oferta Pública de Aquisição das ações dos acionistas da Redentor.

Segundo Rolla, a capacidade financeira da empresa para novas aqusições está garantida pelo caixa de R$ 4,178 bilhões. As empresas, na qual a Cemig tem participação, já representam 29% do Lajida (ou Ebtida), que ficou em R$ 1,188 bilhão no terceiro trimestre. O executivo disse que a empresa pretende analisar projetos “greenfield” nos projetos de linha de transmissão e de geração, que serão licitados nos próximos leilões. Mas ele ressaltou que esses projetos não são suficientes para atender as perspectivas de crescimento da empresa.

(Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia)