O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) promoveu nesta terça-feira, 15, em Brasília, um ato de lançamento do 8 º Encontro Nacional a ser realizado durante os dias 1º a 5 de outubro, no Rio de Janeiro, que reunirá milhares de atingidos e atingidas por barragens de todas as regiões do Brasil.

Com o lema “Água e energia com soberania, distribuição da riqueza e controle popular”, o evento tem como objetivo consolidar a união entre campo e cidade, com o estreitamento da relação entre atingidos e trabalhadores do setor elétrico, reafirmar a necessidade da criação de um modelo energético popular para o Brasil e realizar uma grande pressão popular pela aprovação da Política de Direitos para as Populações Atingidas por Barragens (PNAB).

Bruno Pilon, da Via Campesina, destacou que “fazer um encontro num período de contradição e, sobretudo, num processo de ofensiva do capital das formas mais covardes do imperialismo é totalmente necessário. Com certeza vai revigorar todo o processo de luta pela defesa da soberania, das nossas águas, das nossas riquezas e da energia”.

A representante da Plataforma Operária e Camponesa da Energia e dirigente do STIU-DF, Fabiola Antezana, ressaltou que o setor energético tem sido constantemente atacado pelas forças conservadores que controlam o país atualmente.

“Para o setor elétrico está colocada uma privatização que vem mascarada como uma modernização do marco regulatório. Isso indica claramente que o governo está caminhando para a ultra-direita ao privatizar os ativos estatais, aumentar a tarifa de diesel e gás e atacar a soberania nacional. Assim, a Plataforma vem com o MAB para fazer o debate de um projeto energético popular com a sociedade”.

No período do 8º Encontro também será denunciado os dois anos do crime cometido pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton no Rio Doce– MG, onde os direitos de milhares de famílias atingidas estão sendo violados e as empresas seguem impunes.

Participaram do lançamento o Sindicato dos Urbanitários no DF, Via Campesina, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), Levante Popular da Juventude, a Consulta Popular e outras entidades.