O cálculo do gasto do governo ilegítimo de Michel chega facilmente a R$ 55 bilhões para aprovar a PEC 287, que reforma a previdência para retirar direitos da classe trabalhadora. A fatura pode ficar ainda mais cara, devido ao turbilhão de denúncias contra o próprio Temer e sua base aliada, suspeitos de participar de um dos maiores escândalos de corrupção no Brasil.

Levantamento feito pelo Estadão e divulgado nesta segunda-feira (22) revela que o parcelamento da dívida dos estados e municípios com o INSS, assim como o Super-Refis para empresas podem custar pelo menos R$ 54,8 bilhões. O jornal não incluiu as emendas parlamentares de R$ 1,8 bi, nem cerca de R$ 1 bi em verbas de publicidade destinadas para a mídia, que o governo dispõe em comerciais de rádio, TV, internet, jornais, revista e outras mídias para convencer a população.

Em busca de mais apoio parlamentar para se manter no cargo, Temer pode destinar ainda mais benesses para deputados, senadores, isenções e verbas para a mídia, o que elevará consideravelmente os gastos para aprovar a reforma.

Segundo o jornal, só com o Refis de estados e municípios, as prefeituras estimavam alívio de R$ 30 bilhões de um débito total de R$ 75 bilhões com o INSS. Os Estados, porém, não fizeram avaliação de quanto dos R$ 15 bilhões devidos poderiam ser abatidos com as condições mais vantajosas oferecidas pelo governo. Os descontos são de 25% em multas e encargos e de 80% nos juros.

O governo ainda poderia ter um prejuízo de R$ 23 bilhões com a desfiguração do Programa de Regularização Tributária (PRT), que foi transformado em um Super-Refis durante a tramitação da medida provisória no Congresso Nacional. A ideia dos parlamentares era conceder anistia total em juros e multas. Com isso, além de não arrecadar os R$ 8 bilhões esperados com o programa, o Fisco teria perda adicional de R$ 15 bilhões com tributos correntes que deixariam de ser pagos.

O governo também vai editar um Refis para produtores rurais com dívidas com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). O valor total do débito é estimado em R$ 10 bilhões. A área econômica concederá desconto de 100% nos juros e de 25% na multa.

Fonte: Anapar